A distância inéspida e ostíl
Que vive as margens do tempo,
Levou minha esperânça ao vento
E como um náufrago ao léu
Eu chorei e naufraguei.
Naufraguei como uma barca vazia
Levada pelo vento,
Sem âncoras nem garras,
Sem amarras.
Sem varais nem mastro,
Sem rastro.
Só você no pensamento...
Quando o mar,
Chicoteando os corais de um atol
Lançou-me sobre a area branca
Incendiada pelo sol
Que acolheu-me.
Sobreviví...
Hoje volto,
Supondo então encontrar-te
E ao olhar em teus olhos
ver submerso a história de um passado,
Quando juntos navegamos
No mais calmo dos oceanos.
Mas... ao reve-lo,
Pude ver em sua alma
O desejo que sobreviveu,
A indagar por que não sou sua
E por que não és meu...
Comentários
naufrágio
Parabéns, Ronita, adorei seu poema, algo profundo que falou à minha alma!!!
Lindo, muito lindo
Adorei. Como é possivel teres o dom de dizeres este sentimento tão cruel, que é o não ser correspondida, de uma maneira tão bela. Parabéns. Gostei
Laurinda Malta
http://almasentida.blog.comunidades.net