Autor: José Oliveira de Araújo - Rio 19/07/2005.
Na farmácia um homem velho à beça,
Pediu um remédio pra dor de cabeça,
Passado alguns minutos da ingestão,
Sentiu uma estranha sensação...
Caminhando pela rua, deparou-se,
Com aquele tipo de moça,
Que fica na calçada, rodando bolsa,
E sentiu algo nele agigantar-se.
Próximo do local havia um pardieiro,
Conhecido como hotel suspeito,
Mal entraram, ele pegou-lhe o peito,
Beijou-a no cangote e deu-lhe um cheiro.
Com uma pressa de quem está atrasado,
E a disposição de um adolescente,
Ele atirou-a na cama e com ar de tarado,
Foi logo partindo para os finalmente.
A moça, embora com ar de assustada,
Fez o papel para o qual fora paga,
E fingiu ter prazer naquela empreitada,
O velho nem se importava com a coitada.
Vendo que o velho não parava,
E já cansada, pediu uma pausa,
Indo ao banheiro refrescar-se,
Na esperança dele acalmar-se.
Nesse ínterim ele percebeu,
Que o remédio fora trocado,
Ou que havia sido enganado,
Mas ficou feliz com que sucedeu.
Ela vendo aquele corpo alquebrado,
Sem entender o que havia se passado,
Disse: Velho como você está inteiro!
E como ainda és ligeiro.
Ele com ar de valente guerreiro,
Se achando forte e refeito,
Chamou-a de novo para o leito,
Antes que o remédio, perdesse o efeito!