“MÃOS À OBRA”
Carrego na cor verde.
É que tenho muita esperança.
No azul, porque tenho um coração de criança.
Se carrego tanto no vermelho é que sou movida a paixão.
No rosa, porque tenho muito amor no coração.
Carrego no violeta.
Sei da força da ampulheta.
Precisamos nos cuidar,
qualquer hora podemos desencarnar.
Ah! Carrego no alaranjado.
Quero meu mundo dourado.
E no amarelo.
O mundo é belo.
Com as cores amarronzadas e azincentadas
dou umas pinceladas.
O preto quase nem entra na pintura.
Dá uma aparência muito dura.
Carrego em algumas cores.
Acredito nos amores.
Sou a poetinha da terra, a que abomina toda guerra, a poetinha do amor.
Pra bem viver temos que ter alma de pintor.