Blog de Sonia Delsin

Foto de Sonia Delsin

NO ARQUIVO DA MEMÓRIA

NO ARQUIVO DA MEMÓRIA

Eu retenho teu sorriso.
Está cativo.
Eu retenho tua boca calada.
Minha boca amada. Pra sempre guardada.

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OS BICHOS EM MIM

OS BICHOS EM MIM

Sou como uma gata.
Afetuosa... mas sou manhosa.
Como uma ave eu sou serena.
Me comparo e amo os bichos desde pequena.
Vim meio selvagem nesta viagem.
Me atraem as florestas.
As cascatas.
Adoro as matas.
Os riachos.
Nado em rios e lagos com desenvoltura.
Mesmo quando a travessia é dura.
Se em alguns momentos sou uma coelhinha assustada.
Noutros sou uma águia ousada.
Que não tem medo de nada.
Sou a coruja que pia triste.
Em mim tanto bicho existe.
Sou leoa defendendo a cria.
Loba uivando pra lua.
Um pobre cão de rua.
Uma ursa que hiberna sonhos...
Borboleta que revoa a flor.
Sou o colibri do amor.
Uma canarinha solitária.
A pardoca ordinária.
Sou uma tigresa.
Morro quando fico presa.
Entre os bichos que me habitam desabrocha a poetisa.
Tem horas que sou vendaval.
Noutras sou é uma leve brisa.

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CORRO OS DEDOS

CORRO OS DEDOS

Corro os dedos numa busca de conhecimento.
É um momento.
Um momento nosso.
Acaricio teu rosto onde uma barba já aponta.
Que não existe amanhã faço de conta.
Cada uma que a vida apronta.
Sonho.
Vivo de sonhos.
Dos sonhos com tua boca.
Com tua face.
Com teu corpo.
Com meus dedos te acariciando.
Com nós dois loucamente nos amando.
E o tempo sempre dizendo.
Precisa esperar.
Esperar... sempre esperar.
Será que um dia tudo que sonhamos vai se realizar?
Corro os dedos no teu corpo.
Corro.
Corro de mim.
Peço socorro.
Preciso viver a realidade.
Estou vivendo num mundo que não é de verdade.

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“MÃOS À OBRA”

“MÃOS À OBRA”

Carrego na cor verde.
É que tenho muita esperança.
No azul, porque tenho um coração de criança.
Se carrego tanto no vermelho é que sou movida a paixão.
No rosa, porque tenho muito amor no coração.
Carrego no violeta.
Sei da força da ampulheta.
Precisamos nos cuidar,
qualquer hora podemos desencarnar.
Ah! Carrego no alaranjado.
Quero meu mundo dourado.
E no amarelo.
O mundo é belo.
Com as cores amarronzadas e azincentadas
dou umas pinceladas.
O preto quase nem entra na pintura.
Dá uma aparência muito dura.
Carrego em algumas cores.
Acredito nos amores.
Sou a poetinha da terra, a que abomina toda guerra, a poetinha do amor.
Pra bem viver temos que ter alma de pintor.

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UM DEUS DE PAPEL

UM DEUS DE PAPEL

Tem gente que tem um deus de papel.
Um deus onde despeja seu querer.
Acha que ele tem poder.
Tem gente que tem um deus pra se proteger.
Um deus que socorre os aflitos se nele crer.
Tem gente que odeia sofrer.
Corre pra este deus.
Tenta se benzer.
Tem gente que vive e não consegue aprender.
Que existe um Deus maior que todas estas coisas pequenas do dia-a-dia.
Ele sempre quer nos erguer.
É, o Deus que eu acredito é muito bonito.
Ele dá a cada um uma vivência.
Ensina a ter paciência.
Ensina com a experiência.
O Deus que eu acredito não se importa com oração decorada.
É um Deus que no coração dos homens faz a sua morada.

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TUA VOZ, TUA VOZ

TUA VOZ, TUA VOZ

Ah, tua voz...
Ela mexe comigo.
Que perigo!
Tua voz tem o dom de me provocar.
Quando a ouço eu posso voar.
Posso viajar.
Ou parar pra te escutar.
Tua voz é esta coisa que me aquece.
Me queima.
Me mata.
Mata?
Tua voz me salva.
Ela voz é tudo que sonhei um dia.
Nela tem magia.
Desperta em mim tudo que sempre fui.
Que sou e que serei.
Ela me faz sentir que sou tua rainha, meu rei.

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RENOVAR

RENOVAR

A semente dorme na terra ardente.
Ela acredita piamente.
Que choverá.
A semente dorme e não morre.
Ressuscitará.
Quando chover tudo vicejará.
Este ar que me asfixia será um novo ar.
O ar da alegria.
E da renovação.
Acredito também piamente que a chuva chegará.
E quando chegar quero me banhar.
Quero me lavar.
Igual a semente vou me esbaldar.

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SOB MEDIDA

SOB MEDIDA

Eu te carrego neste meu coração que ora bate quieto.
Neste coração que ora bate agitado.
És meu amado.
Tenho por ti intenso amor.
Já senti tanta dor...
E a vida nos mostrou...
Ó, meu querido, sim, ela mostrou.
Que amor quando é amor não esmorece.
A gente padece.
Padece.
E o amor parece que cresce.
Nunca que vamos esquecer tudo que aconteceu.
Tudo que acontece.
Entre nós tudo tem magia, tem alegria.
Somos como a luva e a mão.
Somos feitos sob medida, coração.

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MOMENTO DE TERNURA

MOMENTO DE TERNURA

Diante da vidraça estamos admirando a praça.
Coloco a mão no parapeito.
Você me abraça de um jeito.
O mundo é mesmo perfeito.
Em tudo dá um jeito.
Quem imaginaria que um dia nos seus braços eu estaria?
Sinto tanta alegria.
Houve um tempo em que eu sonhava.
Eu voava.
Até o meu amor eu chegava.
Eu lhe abraçava, beijava.
Depois me via sozinha e chorava.
Tanto eu lhe desejava.
Que teríamos este momento de ternura eu nem imaginava.

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O QUE FOMOS

O QUE FOMOS

Existe um passado?
Tudo que vivi ao teu lado de alguma forma ficou guardado.
Noutros tempos tu foste o meu amado.
Se de tudo vivo lembrando?
Não. O esquecimento vai chegando.
Fatos vão se apagando.
O rio da vida vai caminhando.
Encontro outras vivências.
Meu pai dizia que tudo na vida tem ciência.
Tudo de novo eu viveria.
Existiu tristeza e alegria.
Foi preciso que nos conhecêssemos, nos amássemos e nos esquecêssemos.
A vida é isto.
Um longo caminho.
Uma hora é amor e carinhos.
Noutra nos vemos sozinhos.
Existe o passado?
Pode ser que os fluídos do que fomos nunca sejam apagados.
Mas é algo terminado.
Num cofre para sempre lacrado.

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