Blog de Sonia Delsin

A RESPOSTA DE DEUS

Ela pergunta.
Pergunta.
E pergunta.
Deus lhe mostra.
Nos fatos do dia-a-dia.
Deus é assim.
É pai que direciona, que tem pulso forte e que acaricia.
Ele não passa a mão na cabeça simplesmente.
Ele está sempre presente.
Ele nos dá a liberdade de escolher o caminho.
Nos envolve em carinho.
Mesmo quando nos quer corrigir.
Que mulher difícil aquela!
Será que não vê que Deus gosta dela?
Quando em seu caminho aparece um espinho ela não reflete.
Em cada cilada se mete.
Será que um dia vai entender a resposta de Deus?
Tentamos até lhe falar, mostrar, mas ela nem quer escutar.

PAZ NA TERRA

Que absurda é a guerra!
Pedimos paz na terra.
Aqui é um lugar de expiação.
De aprender a lição.
Que se aprende com um canhão?
Com uma arma na mão?
“Mais munição, mais munição”.
Granada, explosão.
Violência não!!!

UM DIA... ALGUM DIA

Nos vimos um dia.
Pensei.
Algum dia...
Nos encontramos “algum dia”.
Pensei.
Um dia.
Quem diria!
Ao teu lado sinto alegria.
Tua paz me contagia.
Tu és alguém que me estende a mão.
Num simples gesto de coração, de irmão.
Embaixo deste céu de meu Deus és aquele que a vida me trouxe
pra mostrar que sempre existe uma esperança.
Que nunca pode morar em nosso coração a desesperança.
Ao teu lado sou tão mulher e sou criança.

PESADELO

Acordei com aorta latejando.
Algo minha garganta apertando.
Apertando.
Pavor.
Tive um pesadelo horrível.
Mesmo incrível.
Sonhei que um bandido atirou no meu peito.
No sonho eu morria e sentia tremenda dor.
Que horror!

NOITE ELETRIZANTE

Esta noite é pra guardar...
Como esquecer de nossas mãos a deslizar?
Dos beijos, abraços?
Como esquecer do calor de nossos corpos grudados?
Esquecer de tudo que falamos?
Tudo que sentimos...
Esta noite eletrizante imortalizada vai ficar.
E soltaremos chispas só em lembrar.

COMBUSTÍVEL DA MINHA ALMA

Você é o alimento da minh’alma.
Com seus grandes olhos tem me envolvido.
Ao meu viver dado sentido.
É chama que aquece a cama.
É luz que ilumina minha estrada.
Nos seus braços me sinto tão amada.
Protegida.
Penso no que é a vida.
Quem imaginaria que um dia nos encontraríamos?
Nos amaríamos.
A vida é uma caixinha de surpresas.
É mesmo.
Ela nos traz o que nem supor conseguiríamos.

FOME DE TI

Meus olhos dizem.
Tenho fome de ti.
Tu leste aqui.
Leste desta fome louca.
Ela não é pouca.
É fome de beijos, abraços.
De carinho.
Ninguém vive sozinho.

NO ESCURINHO DO CINEMA

No escurinho do cinema tuas mãos se grudaram com as minhas.
Deitei a cabeça no teu ombro.
Ah! Eu viajei...
Fui tão distante.
Eu fui.
Voltei aos meus anos de menina-moça.
Aquela sonhadora que adorava filmes de amor.
Ainda adoro.
O filme de ontem foi um destes filmes que mexem com nossas emoções.
Sentia teu calor na outra poltrona.
Sabia de teu desejo.
De vez em quando um beijo.
O escurinho do cinema nos aqueceu e depois tanta coisa boa aconteceu.

CASINHA BRANCA DE JANELAS AZUIS

A casinha era de uma humildade.
Ficava na periferia da cidade.
Lá parecia que o sol tinha outra claridade.
Morava a felicidade.

Era tão branquinha.
De janelas e portas azuis.
Como os olhos da dona dela.
Todos diziam: É uma casinha tão bela.

Os anos foram passando.
E a família se mudou.
Para lá nunca mais voltou.
A casinha um outro ar tomou.

De abandono é o ar dela agora.
Não tem mais o jardim de outrora.
Nem o riso de uma mulher que carregava nos braços um lindo filhinho.
E dava a mão ao maiorzinho.

Uma trepadeira de flores cor-de-rosa chamava muita atenção.
Era tão bem cuidada.
E tão perfumada.

O gramado sempre aparado e uma árvore grande do lado.
A cerca tão bem feitinha dava um ar ainda mais bucólico naquela humilde casinha.

Fotografias antigas guardam sorrisos e gestos.
Guardam as janelas e as portas azuis.
Guardam também o jardim.
Isto é o bastante para mim.

QUANDO A LUZ SE APAGA

Quando a luz se apaga ele a afaga.
E vai embora toda a dor do dia.
Ela sente uma alegria.
Esquece todos os dissabores.
São assim alguns amores?
Brigas e reconciliações?
Quando a luz se acaba a zanga acaba.