Blog de Sonia Delsin

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O QUE EU NÃO DARIA?

O QUE EU NÃO DARIA?

Agir sensatamente.
Corretamente.
Perfeitamente.
Mente quem diz que não sente.
Desejo de uma vez na vida correr todos os riscos.
Mente quem diz que com a mesmice é feliz.
Fui ao teu encontro com o coração aos pulos.
Fui ao teu encontro com as mãos frias.
Lábios trêmulos.
Nem teu nome conseguia pronunciar.
Só o meu sorriso eu consegui levar.
Se pensasse duas vezes eu não iria.
Mas o que eu não daria pra ter de volta aquele dia?

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O QUE ME PRENDEU A TI

O QUE ME PRENDEU A TI

O que me prendeu a ti foram as palavras.
Tantas...
Eu acreditei em todas.
Ou tentei acreditar.
Era a maneira que encontrava pra não deixar meu mundo inteirinho desmoronar.
O que me prendeu a ti foram as promessas.
A espera.
E foi mais que tudo a ternura.
O que me prendeu a ti foi a idéia de “um dia”.
Descobri um pouco tarde que não se vive de fantasia.

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ESTENDO O OLHAR

ESTENDO O OLHAR

Quando aqui eu chego estendo o olhar.
Não para as pastagens de agora.
Eu olho para o outrora.
Meus líquidos olhos se derramam no lago.
Afundam.
Buscam.
O quê?
Um anel.
Estendo ainda mais o olhar.
Encontro uma linda árvore.
No caule dela dois nomes grudadinhos.
Dentro de um coração.
Estendo a mão.
Para o vazio.
Sinto um frio.
Não é o vento que vem do sul.
É um frio tão intenso.
Sinto mais frio quando mais eu penso.
Então pego uma pedra no chão.
Eu a olho, examino bastante.
E atiro.
O som da pedra indo...
Fico rindo.
De quê?
Desta solidão.

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MEU AMOR É ASSIM

MEU AMOR É ASSIM

Estou tecendo uma manta com fios resistentes pra nós dois.
Ela vai nos proteger do frio.
Da noite gelada.
Não teremos medo da geada que caíra de madrugada.

Quando estiver pronta eu vou lhe contar.
Talvez então você entenda a minha forma de amar.

Eu a teço embaixo destes dias tristes.
Muitas lágrimas já a umedeceram.
Muitas vezes meu olhar se perdeu nos ziguezagues.
E outra tantas precisei parar, pra descansar.

Mas estou certa que a terminarei.
E ela ficará linda.
A beleza é importante.
E também a utilidade.

Um dia, sob ela, nós dois saberemos o que é a plena felicidade.

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TRANSPORTADA

TRANSPORTADA

Transpus uma porta e cheguei num mundo encantado.
Cachoeiras?
As imagináveis e não imagináveis. E ainda por cima coloridas.
Arco-íris?
Vários. Também insonháveis.

Transpus muros e encontrei um mundo ainda mais inquietante.
Cheguei num mirante.
Eu podia voar até ele.
Sabia que podia.
Coragem não me faltaria, mas as asas feridas não me permitiam.

Então um anjo chegou.
Me olhou.
Me admirou e falou.
A voz me penetrou.
Era a mais cálida das vozes.

Ele me convidou a pegar uma carona nas suas asas.
Eu as olhei... eram azuis.
Os olhos do anjo eram incomuns.
Aceitei.

Com ele eu voei, voei...
E chegamos.
O país era algo deslumbrante, cativante.

Nele nós dois não andávamos. O anjo tinha suas poderosas asas e eu
descobria que durante o percurso as minhas tinham se recuperado.
Lá longe tinha ficado o passado e aceitei ficar morando neste lugar.

Mas como o tempo não pára, ele continuou a passar.
O anjo retornou ao mundo antigo e eu me deixei ficar.
Só que um dia descobri que a solidão ia me matar.
Resolvi voltar, ou procurar outro canto pra morar.

O recurso de minhas asas eu tinha.
Mas algo me prendia a este mundo. Talvez fosse o profundo que ele me
fazia enxergar.
O profundo que habitava o meu próprio olhar.

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COVARDIA?

COVARDIA?

Me disseste.
Pra mim já é tão tarde.
Tão tarde.
Não ouso voar.
Minhas asas podem arrebentar.
Estão frágeis e podem envergar.
Disseste.
Contigo eu poderia partir.
Descobrir um outro existir.
Mas temo esta empreitada.
Fico a te olhar na calçada.
Vais tão faceira.
Iluminas a rua inteira.
Fico te admirando.
Contigo sonhando.
Pra mim é muito tarde.
Não me chames de covarde.

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O CALOR DE OUTRO CORPO...

O CALOR DE OUTRO CORPO...

Meu coração era um cavalo no peito quando acordei.
Um cavalo selvagem a correr, a correr...
Me perguntei: em busca do quê?
Por que este bater acelerado num coração tão magoado?
Minhas mãos em meu corpo começaram a caminhar.
Eram outras que eu me punha a imaginar.
Eram uns dedos marotos que vinham meus cabelos acariciar.
Uma boca bonita que a minha vinha beijar.
E palavras de amor em meu ouvido alguém vinha falar.
Eu podia sonhar...
E asas à imaginação resolvi dar.
A madrugada tão fria chegava a me assustar.
As lembranças podiam me bastar?
Se eu fizesse menção de me levantar a magia por certo ia acabar.
Então resolvi lá ficar.
Na cama solitária continuei a divagar.
Deixei minha alma viajar.
Mas meu corpo começou a cobrar.
Queria o calor que um outro corpo podia me ofertar.
Comecei a chorar.
De solidão... Dessa vida fora da realidade.
E até de saudade...

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ROSA RUBRA ENCANTADA

ROSA RUBRA ENCANTADA

A flor lhe apareceu numa manhã esplêndida.
Mas aquela rosa rubra sangrava.
A mulher percebeu a dor da rosa, pois que tudo ela tudo notava.

Conheceu o sofrer da flor e reconheceu o seu no jardim que morria dentro de si.
Passava por um triste momento.
Tudo era sofrimento.

E a flor ali... embaixo do sol. Da chuva.
Resistindo à tempestade.
A mulher era só dor.
Vivia embaixo da iniqüidade.

A rosa apesar de ferida era só beleza e simplicidade.

E a mulher observava que sua rosa rubra a cada dia se transformava.
Por magia, sabe-se lá porque, uma borboleta ela se tornava.
E seus canteiros ela visitava.

Isto a fez despertar por inteiro.
Pela beleza da flor dolorida que já então estava transformada.
Pela sua vida que julgava acabada.

O tempo ia assim passando.
Muito ia se revelando...

Um belo dia a bela mulher descobriu que jardins renascem... reflorescem.
Despertou do pesadelo que quase a matou.
E a um sonho todo novo ela se agarrou.

Tentou segurar a borboleta.
Mas borboletas são sonhos...
A borboleta que tanto a encantou...voou.
Só que riquezas infindas ela lhe deixou.

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NO MEU PEITO

NO MEU PEITO

Trago dentro do meu peito um vaso de flores.
Flores do campo.
Lindas. Suaves.
Delicadas.
Tenho também uma árvore gigantesca no meu coração.
Nela se abrigam pássaros.
Trago no meu peito uma borboleta que voa, revoa.
Que quando pousa quase de dor me arrebenta.
Não tem coração que agüenta.

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ETERNAMENTE OCASO

ETERNAMENTE OCASO

Se por acaso fosse eternamente ocaso.
Se por acaso.
Se o sol vermelho jamais se enterrasse no horizonte.
Se nos meus olhos se imobilizasse uma lágrima.
Se por acaso...

Faço duma tarde o retrato do fim da humanidade.
Tremo.
Tremo.
É verdade.

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