SEUS AIS
Os olhos nos cristais.
Antigos.
Os olhos sem iguais.
Andando lentamente.
No coração uma dor potente.
Uma fala indiferente.
Ela guarda n’alma todas as dores, as saudades, as lembranças.
Guarda tudo e segue.
Como se fosse pena o chumbo dos ombros.
Ela guarda a alma de menina e esta a fortalece.
Quando triste entra em prece.
Nos cristais...
Seus ais.
Um gemido tão suave como o do bebê mais prematuro.
Coração tão puro.