Blog de poetisando

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Não sou de muitas falas

Não sou de muitas falas
Sem falar não sei mais quem sou
Pouco mais sei do que o que faço
Sou pouco mais daquilo que sou

Queria ser ainda muito melhor
Mas não sei como fazer
Muita vez queria sumir
Ou mesmo até desaparecer

Amava ter tido muito mais
Bem tentei mas sem o ter
Tanta vez queria sumir
Mas muitas mais desejo viver

Sou tudo o que está escrito
É o que sei melhor fazer
Falo por meio da escrita
Onde falo do meu viver

Posso até falar demais
E escrever o que não devia
Na escrita me solto
A falar eu não o diria

Sou mesmo de poucas falas
Quem me conhece sabe-o bem
Na escrita consigo dizer
O que a minha alma tem

De: António Candeias

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Não desejo

Não desejo que fiquem comigo
Por de mim terem piedade e dó
Senão gostam como eu sou
Antes quero que me deixem só
Por muita amizade que falem
Quando eu vejo ela não existir
Mostram me boas aparências
Levando todo o tempo a fingir
Por tudo isso que estou vendo
Para que me estarem a enganar
Se é para me verem feliz
Antes sozinho quero estar
Já conheço muita gente
Muita mesmo até demais
Que se dizem meus amigos
Mas que o foram jamais
Desculpem se vos ofendo
Mas tinha que isto dizer
Vale mais estar sozinho
Que mais tarde vir a sofrer

De: António Candeias

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Não sei quem sou

Não sei o que se passa comigo
Já não sou quem eu era
Não me perguntem porque
Porque mudei o que era

Não sei como tanto eu mudei
Queria encontrar uma só explicaçao
Tenho a alma destroçada
Gelo dentro do coraçao

Sei que o meu coraçao era forte
Muito mais forte até do que eu
Só faz é lamentar e chorar
Por um amor que não era seu

Como ele que te amava tanto
Desde o dia que te conheceu
Abandonaste o á sua sorte
Parece que ele até morreu

Não sei mais de mim nem o que sou
Já não quero ter outra paixao
Quero sim é te esquecer
Dar paz ao meu pobre coraçao

De: António Candeias

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Não sei

Não sei já o que quero da vida
O que irá ser de mim
Ando sem rota nem rumo
Navegando numa rota sem fim
Já cai e já me levantei tanta vez
Mudei algumas rotas
E até tentei mudar de rumo
Mas o tempo passa tão lento
Já não sei o que quero
Mas sei bem que é complicado
Que a distância nos separa
E sei bem que por ti sou amado
Tanta vez me sinto triste
Sinto a morte a me chamar
O meu coração enlouquece
De te querer tanto amar
Não sei o que vai ser da minha vida
Navego sem rumo e sem fim
O que o destino me traçou
Pobre coração pobre de mim

De: António Candeias

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Mendigo

Tu que passas o dia na rua
Vivendo da acridade alheia
Quantas vezes chegas a casa
Sem ter dinheiro para a ceia
Levas o dia de mão estendida
Que uma esmola te vão dar
Muitas vezes vais para casa
Só tens vontade de chorar
Queres a fome aos filhos matar
Mas esmolas não deram
Quantos até por ti passaram
E te olharam com desdém
Não se lembrando que tem filhos
E que és um ser humano também
Quantos de vós mendigos
Não tem casa nem familiares
Dormem na rua ao relento
A cama fazem com cartão
Os cobertores são os jornais
E nestas noites de inverno
Quando o frio é mais forte
Tu a dormires ao relento
Sem teres comido uma refeição
Vais enganando a fome
Com o que nos jornais vais lendo
Triste sorte tens tu mendigo
A viver da caridade alheia
Também tu muita vez te deitas
Sem um pouco de pão como ceia
Tu até que trabalhaste uma vida
Agora estás a viver da mendicidade
Dormindo pelos cantos das ruas
Comendo de gente de boa vontade
Tu mendigo que até tens filhos
Mendigas para lhes dar de comer
Quantas vezes os abraças chorando
Por não lhes poder a fome matar
E sem comerem os vais deitar
Triste é o destino do mendigo
Que leva o dia inteiro a pedir
E ver os que por ele estão passar
A virarem a cara fingindo não o ver
Só para uma esmola não lhe dar

De: António Candeias

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Natal

Agora que estamos chegados
Á festiva quadra natalícia
É ver agora certos senhores
Com ar de muito condoídos
Distribuir comida e sorrisos
Pelos mais desfavorecidos
Esquecendo durante o ano
Da fome que passam centenas
Ou milhares de sem abrigos
Com um ar de hipocrisia
Como lhes é característico
Com aquela cara de fingimento
Que mais parecem carpideiras
Distribuem umas prendas
Aos que tem uma vida de sofrimento
Depois da obrigação que fizeram
Para casa vão descansados
Dos mendigos que visitaram
Não se vão eles lembrar
Outros até põem faladura
Nos jornais e canais da TV
Quem os vê com aquele ar
De hipócritas que todos são
Artistas na arte do fingimento
Na arte da boa simulação
Vêem agora nesta quadra
Limpar as suas consciências
Dando apenas umas migalhas
Aos que não tem de comer
Sentem que com essa acção
Que podem dormir descansados
Agora que estamos chegados
A esta quadra natalícia
É de ver tanta simulação
De senhores e senhoras com ar fingido
A distribuir pequenas migalhas
Pelos milhares de mendigos
E outros tantos sem abrigos

De: António Candeias

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Noite

Com o silêncio da noite
A imaginaçao se liberta
O meu coraçao acelera
Fica uma porta aberta

Percorre grandes distâncias
Que me põe a imaginar
Estou mesmo ao teu lado
A ouvir o teu respirar

Quando a noite é silenciosa
A imaginaçao põe-se a vaguear
Leva-me para sitios distantes
Onde te poderei mais amar

Com a imaginaçao liberta
O meu coraçao acelera
Nesta noite maravilhosa
Estar contigo quem me dera

Com a imaginaçao a vaguear
A distancia está a encurtar
Mas quando abro os olhos
Vejo que só tive a sonhar

De: António Candeias

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Correm lágrimas

Correm lágrimas pelo meu rosto
Sai do meu peito um grito de dor
Observando um sol-posto
Nem ele me quer dar calor
Fecho os olhos e sonho
Na ternura do teu olhar
Dos mimos da tua boca
Da tua maneira de beijar
Procuro nos sonhos os teus braços
Por entre uma multidão
Vejo um pedinte em pedaços
Também ele fugindo da solidão
Com a alma destroçada
Gritando para a multidão
Tentando que o ajudem
Para ele sair da solidão

De: António Candeias

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Onde andas

Ando sempre apressado
Sozinho pelas ruas e avenidas
Pensando e sonhando acordado
Quem eu teria sido noutras vidas
Onde estás ou por onde andas
Queria tanto te encontrar
Não sei mais o que fazer
Queria tanto te poder abraçar
Se nunca te vier a encontrar
Desta minha vida eu desisto
Não te irei nunca trocar
Podes crer tenho a certeza disso

De: António Candeias

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Pensamento

Está leve o meu pensamento
Como folha levada pelo vento
Procurando onde pousar
Onde chorar o meu lamento
Pensamento que vai tão longe
Como se andasse perdido
Voando como folha ao vento
Sem direcção nem sentido
Pensamento que me faz chorar
De lembranças passadas
De felicidade que vivi
Noites de felicidade sonhadas
Não sais do meu pensamento
Como eu te via com ternura
Julgando nunca que nunca acabava
Esquecendo que nem tudo sempre dura

De: António Candeias

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