Linhas, curvas, formas, não pintadas ou desenhadas, mas escritas. Uma frase mais real e envolvente do que a outra, e o melhor, era só o início.
Havia ali, em cada página, uma mistura quântica de magia, que fazia-me devorar página após página sem perceber o passar das horas, e dos dias. Sei que tais grandezas não param, ou esperam, sei também que guiaram-me ao fim do livro, mas ao início de algo maior.
O término de minhas viagens havia chegado, levando-me à buscar novas. E assim, o fiz. Passando de seção em seção, ao fim do corredor, não pude deixar de reparar que uma morena muito envolvente, com corte de cabelo curto, e um sorriso largo, dividia agora seu olhar entre o livro que segurava e eu que me aproximava, também de sorriso aberto.
Travei ao escutar a resposta de meu "oi", proferido um tanto quanto tímido, mas segui firme, e comentei sobre aquela ser uma boa obra. Ela continuou sorrindo, e começo a fazer-me perguntas sobre o exemplar em questão.
Mais uma vez o tempo voava. E após quarenta curtos minutos, a Vênus revela-me que ninguém até então, havia tido tal visão sobre sua criação.
Surpreendi-me, não podia crer, estava a quase uma hora, proseando com aquela que proporcionara-me incríveis viagens! Então, se esse era o caso, eu tinha algo que precisava fazer, e sem pensar duas vezes, à convidei para tomar um sorvete, e ela, aceitou.
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Data de publicação:
Quarta-feira, 6 Maio, 2015 - 15:58
- Blog de P.H.Rodrigues
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Comentários
Arnault / Paulo H.
A simplicidade é algo muito bom, seu texto não precisou de nenhuma palavra rebuscada ou métricas mirabolantes para ser bonito...
Parabéns.
Arnaut