Parei no farol derrepente,
Aguardando a liberação da via.
E meio que displicente,
Observei um menino que esmola pedia.
Chegava no motorista,
Contando sua historia.
Correndo risco na pista,
Sorrindo com sua gloria.
Quando ganhava um quinhão,
Abria um largo sorriso.
Agradecia ao cidadão,
Com palavras de improviso.
Em poucos minutos que parei,
Naquele farol do cruzamento.
Em minha mente me lembrei,
Daquele menino carente.
O rostinho do menino,
Não sai da minha lembrança.
E foi tão grande o meu fascino.
Com o jeitinho daquela criança.
Eu sei que não devemos dar,
Esmola no cruzamento.
Criança tem que estudar,
E ter nosso acolhimento
E não ao crime alimentar.
Por isso não de esmola,
Mesmo que tenha dó.
De pra ele a escola,
Para a esmola não virar pó...
São José dos Campos SP
Odias Pereira
07/01/2011