7º Concurso (Fim de Ano 2010)

Foto de Rosamares da Maia

CRÔNICAS DA SAUDADE – Doze Passos e uma Possibilidade de ser Feliz

Hoje bastou uma brisa fresca da manhã para me lembrar de ser feliz. É, um vento menino que refrigerou o corpo e a alma, enquanto eu fazia a tarefa simples e doméstica de lavar o quintal e molhar Umas poucas plantas urbanas e o meu toque rural de cajueiro. Certamente, como eu naquele momento, elas celebraram a água e o vento.
Fiquei pensando que as pessoas deveriam ter uma estrada com os doze passos da felicidade, para construir ao longo da vida. Claro que estas não seriam regras engessadas, afinal de contas somos todos diferentes e as semelhanças do Ser Humano param nesta redundante condição – o gênero humanidade. No mais, “O que seria do roxo se todos gostassem do amarelo?”.
Porém, delimitadas as razões das semelhanças e diferenças, acho que umas regrinhas para a busca da felicidade são básicas, como um pilar de sustentação das variedades e sutilezas de cada um, como por exemplo:
- 1 – Simplicidade: Aquela que nos faz curtir a brisa da manhã, como um presente que alivia o calor e acalma a alma, sem contestar as suas razões. Se haverá mais calor ou se ela trará chuva é pura e desnecessária especulação de quem não soube apreciar o benefício.
- 2 – Gratidão: Ser capaz de agradecer a Deus ou a força maior que você acredite que exista pela vida, mesmo diante de condições adversas. Saber que você é uma semente que desabrochou , anda, respira e pensa é magia Superior. E se você pensar nas outras sementes que germinam, lembre-se de elas ficam presas sob a terra, a menos que alguém as mova de lugar. Ainda assim, elas são gratas ao sol, a água e ao vento, benefícios do Criador.
- 3 – Competência Construtiva: Entender que você não está neste Mundo a passeio e tomar ciência do conjunto indispensável formado entre o Homem e a vida. As ferramentas com a qual Deus o dotou, – Mente e Mãos – são as primeiras realizadoras de obras, desde os mais primitivos tempos.
Você poderá perfeitamente me questionar, dizendo que a mente que cria pode alimentar a mão que destrói. A mão pode da maneira mais sórdida e cruel realizar as elucubrações da mente. Por certo que sim! Mas lembre-se que neste exato momento estou construindo os doze passos da felicidade e “o que seria do azul se todos gostassem do rosa?” – As divergências tá lembrado?
- 4 – Competência de Exercitar os Sonhos: Por que não apenas capacidade para sonhar? Porque apenas sonhar é tarefa dos simplórios, muito diferente do que é simples. Por exemplo: Eu sonho com o mar, o que não significa nadar ou navegar, jamais saberá como é toque da água quem não se dispuser a entrar nela, jamais sentirá a força do vento sobre as velas quem não colocar o barco na água e depois, o dourado do sol sobre a pele será um troféu a mais no conjunto. Lembre-se você é a semente que germinou e andou para realizar.
- 5 – Ser Destemido: A coragem também é a mola impulsionando a felicidade, ela nos incentiva a realizar e a coragem associada à simplicidade na construção dos sonhos já é uma grande conquista. A boa coragem dissipa as dúvidas atávicas da existência.
Boa coragem? Como é isto? Toda coragem não é boa? Não necessariamente! Como disse o filósofo, “Sei que nada sei”. É preciso ter coragem para viver e descobrir o que não se sabe, antes de empreender uma ação que pode ser desastrosa. Caminho para a infelicidade própria ou dos outros. A boa coragem nos leva ao caminho do aprendizado, depois o das escolhas e aí o das realizações. Boa coragem é saber que se pode até sangrar os pés nas pedras do caminho mais difícil, isto se não houver outra forma, mas, lá no horizonte haverá um balsamo perpétuo.
- 6 – Claridade e Leveza: Existe muito peso e escuridão por aí na história dos contraditórios, mas, este submundo que subjuga milhares de almas é insuportável, denso e frio. Olhar para o alto através das nuvens negras e ver o sol e/ou as estrelas, encher os pulmões de ar fresco quando o em condições de ar rarefeito é algo fantástico. Estas obviamente são imagens figuradas do dia a dia, dos problemas que enfrentamos e são ao mesmo tempo, chaves para soluções.
Deixa-me contar uma historinha breve: Tenho uma prima que é muito engraçada, apesar de viver uma vida de oportunidades e escolhas sofridas. Ela sempre nos faz rir, principalmente quando nos conta as suas noites de pesadelos. Ela é extremamente medrosa, mas, pelo menos para nós, ela não consegue colocar peso nestes medos. Você pode até achar que isto é uma maldade mossa, mas não é. Ela consegue tornar a própria tragédia em uma comédia. Tudo nos seus pesadelos vira uma grande trapalhada e, no auge do seu desespero, no clímax do pesadelo, surge em seu quarto uma porta. Por esta porta ela escapa, rola na grama verde sob um céu claro e azul. Em sua alma existem claridade e leveza suficientes para permitir que ela paire sobre o seu desespero com uma solução muito simples – a porta.
Na grande maioria das vezes para solucionarmos um problema, precisamos nos distanciar dele criando um novo olhar onde o desespero seja descartado para deixar fluir a inteligência. A criatividade nos permite a invenção de um viver que contorne o problema. Isto não é covardia, mas sobrevivência com bom humor, indispensável para que a nossa alma possa transcender o “lado negro da força”.
Acredito nestes seis conceitos como princípios básicos e comuns a todas as pessoas que pensem em trilhar a estrada da felicidade. Não como a estrada de tijolos dourados nos levará ao mundo de OZ. Não! Você constrói a sua estrada a cada passo, todos os dias e enquanto constrói é feliz até o final do caminho. Sacou? Então nada de Arco Iris e Pote de Ouro. É só a construção ao longo do caminho e o seu legado.
Você deve estar se perguntando: A maluca falou em doze passos, não falou? Vai ficar somente em seis?
Calma! Muita calma nesta história. Eu também falei em passos básicos, que na minha concepção devem ser comuns a todas as pessoas. No mais, fica a gosto do freguês, como um quebra cabeças. Você precisa descobrir os outros seis. É a sua primeira meta – a construção da sua chave. Marca pessoal, intransferível e diferenciada.
As minhas? Que tal: - 7 – Fidelidade aos ideais (traçar uma linha de princípios e trilhar sobre ela) ; - 8 – Competência para exercer o perdão; - 9 – Competência para reconhecer os erros e retroceder; - 10 – Competência para amar plenamente a si e ao outros; - 11- Competência para esquecer as mágoas e aprender com as dores, para seguir em frente; - 12 – Competência para entender que o Mundo acontece independente de você, mas que ele espera o melhor de você.
No mais, é vida, só vida que segue em frente.

Rosamares da Maia – Abril de 2017.

Foto de Rosamares da Maia

CRÔNICAS DA SAUDADE – Dose Passos e uma Possibilidade de ser Feliz

Hoje me bastou uma brisa fresca da manhã para me lembrar de ser feliz. É, um vento menino que refrigerou o corpo e a alma, enquanto eu fazia a tarefa simples e doméstica de lavar o quintal e molhar Umas poucas plantas urbanas e o meu toque rural de cajueiro. Certamente, como eu naquele momento, elas celebraram a água e o vento.
Fiquei pensando que as pessoas deveriam ter uma estrada com os doze passos da felicidade, para construir ao longo da vida. Claro que estas não seriam regras engessadas, afinal de contas somos todos diferentes e as semelhanças do Ser Humano param nesta redundante condição – o gênero humanidade. No mais, “O que seria do roxo se todos gostassem do amarelo?”.
Porém, delimitadas as razões das semelhanças e diferenças, acho que umas regrinhas para a busca da felicidade são básicas, como um pilar de sustentação das variedades e sutilezas de cada um, como por exemplo:
- 1 – Simplicidade: Aquela que nos faz curtir a brisa da manhã, como um presente que alivia o calor e acalma a alma, sem contestar as suas razões. Se haverá mais calor ou se ela trará chuva é pura e desnecessária especulação de quem não soube apreciar o benefício.
- 2 – Gratidão: Ser capaz de agradecer a Deus ou a força maior que você acredite que exista pela vida, mesmo diante de condições adversas. Saber que você é uma semente que desabrochou , anda, respira e pensa é magia Superior. E se você pensar nas outras sementes que germinam, lembre-se de elas ficam presas sob a terra, a menos que alguém as mova de lugar. Ainda assim, elas são gratas ao sol, a água e ao vento, benefícios do Criador.
- 3 – Competência Construtiva: Entender que você não está neste Mundo a passeio e tomar ciência do conjunto indispensável formado entre o Homem e a vida. As ferramentas com a qual Deus o dotou, – Mente e Mãos – são as primeiras realizadoras de obras, desde os mais primitivos tempos.
Você poderá perfeitamente me questionar, dizendo que a mente que cria pode alimentar a mão que destrói. A mão pode da maneira mais sórdida e cruel realizar as elucubrações da mente. Por certo que sim! Mas lembre-se que neste exato momento estou construindo os doze passos da felicidade e “o que seria do azul se todos gostassem do rosa?” – As divergências tá lembrado?
- 4 – Competência de Exercitar os Sonhos: Por que não apenas capacidade para sonhar? Porque apenas sonhar é tarefa dos simplórios, muito diferente do que é simples. Por exemplo: Eu sonho com o mar, o que não significa nadar ou navegar, jamais saberá como é toque da água quem não se dispuser a entrar nela, jamais sentirá a força do vento sobre as velas quem não colocar o barco na água e depois, o dourado do sol sobre a pele será um troféu a mais no conjunto. Lembre-se você é a semente que germinou e andou para realizar.
- 5 – Ser Destemido: A coragem também é a mola impulsionando a felicidade, ela nos incentiva a realizar e a coragem associada à simplicidade na construção dos sonhos já é uma grande conquista. A boa coragem dissipa as dúvidas atávicas da existência.
Boa coragem? Como é isto? Toda coragem não é boa? Não necessariamente! Como disse o filósofo Sócrates, “Sei que nada sei”. É preciso ter coragem para viver e descobrir o que não se sabe, antes de empreender uma ação que pode ser desastrosa. Caminho para a infelicidade própria ou dos outros. A boa coragem nos leva ao caminho do aprendizado, depois o das escolhas e aí o das realizações. Boa coragem é saber que se pode até sangrar os pés nas pedras do caminho mais difícil, isto se não houver outra forma, mas, lá no horizonte haverá um balsamo perpétuo.
- 6 – Claridade e Leveza: Existe muito peso e escuridão por aí na história dos contraditórios, mas, este submundo que subjuga milhares de almas é insuportável, denso e frio. Olhar para o alto através das nuvens negras e ver o sol e/ou as estrelas, encher os pulmões de ar fresco quando o em condições de ar rarefeito é algo fantástico. Estas obviamente são imagens figuradas do dia a dia, dos problemas que enfrentamos e são ao mesmo tempo, chaves para soluções.
Deixa-me contar uma historinha breve: Tenho uma prima que é muito engraçada, apesar de viver uma vida de oportunidades e escolhas sofridas. Ela sempre nos faz rir, principalmente quando nos conta as suas noites de pesadelos. Ela é extremamente medrosa, mas, pelo menos para nós, ela não consegue colocar peso nestes medos. Você pode até achar que isto é uma maldade mossa, mas não é. Ela consegue tornar a própria tragédia em uma comédia. Tudo nos seus pesadelos vira uma grande trapalhada e, no auge do seu desespero, no clímax do pesadelo, surge em seu quarto uma porta. Por esta porta ela escapa, rola na grama verde sob um céu claro e azul. Em sua alma existem claridade e leveza suficientes para permitir que ela paire sobre o seu desespero com uma solução muito simples – a porta.
Na grande maioria das vezes para solucionarmos um problema, precisamos nos distanciar dele criando um novo olhar onde o desespero seja descartado para deixar fluir a inteligência. A criatividade nos permite a invenção de um viver que contorne o problema. Isto não é covardia, mas sobrevivência com bom humor, indispensável para que a nossa alma possa transcender o “lado negro da força”.
Acredito nestes seis conceitos como princípios básicos e comuns a todas as pessoas que pensem em trilhar a estrada da felicidade. Não como a estrada de tijolos dourados nos levará ao mundo de OZ. Não! Você constrói a sua estrada a cada passo, todos os dias e enquanto constrói é feliz até o final do caminho. Sacou? Então nada de Arco Iris e Pote de Ouro. É só a construção ao longo do caminho e o seu legado.
Você deve estar se perguntando: A maluca falou em doze passos, não falou? Vai ficar somente em seis?
Calma! Muita calma nesta história. Eu também falei em passos básicos, que na minha concepção devem ser comuns a todas as pessoas. No mais, fica a gosto do freguês, como um quebra cabeças. Você precisa descobrir os outros seis. É a sua primeira meta – a construção da sua chave. Marca pessoal, intransferível e diferenciada.
As minhas? Que tal: - 7 – Fidelidade aos ideais (traçar uma linha de princípios e trilhar sobre ela) ; - 8 – Competência para exercer o perdão; - 9 – Competência para reconhecer os erros e retroceder; - 10 – Competência para amar plenamente a si e ao outros; - 11- Competência para esquecer as mágoas e aprender com as dores, para seguir em frente; - 12 – Competência para entender que o Mundo acontece independente de você, mas que ele espera o melhor de você.
No mais, é vida, só vida que segue em frente.

Rosamares da Maia – Abril de 2017.

Foto de carlosmustang

COMFLITOS

Abro a porta e vejo
Incoerente de vida e de morte
Inconsiente desejo
Fundialista transporte

Oh muai thai, da vida imprevisto
Correria da vida, insisto
Funcional nesse corpo meu
De tanto fim imprevisto, adeus

E mais um dia amanhece
Olho pro ceu, entristece
Esse recanto entristece

Jogo minha bronha de horror
Servindo de desejo amor
Beijo na face de todas Pessoas

Foto de diny

TODA A ETERNIDADE

TODA A ETERNIDADE

Numa fruição de amor mútuo
Em afinidade sem igual
O amor feito com amor absoluto
Em amor possível, amor real.

Nesse encontro de nós tão especial
Onde desejos e sonhos são realizados
O amor consumado em pura emoção
Com o bater do teu no meu coração.

Com o meu ser inteiro em tuas mãos
Com o meu ser todo em teus abraços
Eu me desfaço toda, em teu coração.
E te inundas de amor em meus braços.

Carinho, ternura, contato, doce desvelo.
Tuas mãos afagando os meus cabelos,
As minhas com doçura na tua face linda.
Nessa infinda retribuição de ser amado!

E entre essa noção de reciprocidade
De amar e viver com idêntico prazer
Noites e dias em completa harmonia.

Não são suficientes pra tanta felicidade
Pra esse céu particular de amor e poesia
Só a eternidade, seria o bastante pra nós!

Diny Souto

Foto de William Contraponto

Advertência

Eu bem que resisti
Já que nada ganharia
Mas resolvi advertir
Sobre tudo que é hipocrisia
E contar segredos estruturais
Dos templos espirituais

Ontem eles riam da diferença
Hoje agem por influencia
Tão intelectuais guiados em crença
Semelhantes descrentes na ciência

E vão vivendo assim
Seguindo com suas guerras
Julgam quem deve ter fim
Como se fossem os melhores da Terra

Uma situação parece inesperada
Esquecida, porém sempre eficaz
A reação vem sem hora marcada
Trazendo resposta e algo mais...

As mensagens enviadas do céu
Orientam profetas ocasionais
Na caminhada que busca o troféu
Para comandar poderes temporais

Toda religião tem o absurdo
De enfrentar a razão
Todas desejam ser Estado
Onde dogmas o conduzirão

Eu bem que resisti,
Mas resolvi advertir...

Foto de diny

CRIANÇA

CRIANÇA

Você menina.
Que nada anima!

Você criança,
Que já abriga no peito,
Um coração desesperado;
Que não tem jeito!

A vida te ensinou muito cedo,
o que é desesperança, medo!
Você parece um bichinho assustado,
E com muita razão!

Como entender um mundo alucinado?!
Com uma cara medonha,
Onde pessoas, aliás;
Mais parecem restos de violência
Que vergonha!

A autodestruição humana se expande,
E você criança, na sua inocência,
Sente medo de viver e crescer,
E de um dia ser:
GENTE GRANDE!...

Diny Souto

Foto de Deni Píàia

Que fim deu!

Afinal, que fim deu esse concurso!
A última informação recebida dava conta de que recebí um prêmio especial por meu texto. E só. Nunca mais qualquer sinal de vida.
Alôôôôô... será que tem alguém aí...

Foto de diny

COMO MUSICA

Foto de Marta Gaspar

Alma vazia

Quero ter-te mas não posso
dar-te o amor que guardo no coração
Os meus olhos choram quando não te vêm,
os meus lábios desejam os teus.
Sem ti a minha alma estremece
És a cura para a solidão
És a unica que me pode dar a mão.
perdi-me num labirinto e não encontro a saída
preciso de ti para seres a minha guia.
És tudo para mim e sem ti a vida não faz sentido
Se não te posso ter, não sei para que vivo
Só contigo poderei ser feliz.
Os rapazes roubam-te de mim e por dentro sinto um vazio
que só poderá ser preenchido pelo teu amor,
nada mais!

Foto de Maria Goreti

ACABEM COM O NATAL!

Se você, assim como eu, comemora o Natal com amor, alegria e suas alegorias, este poema NÃO é para você. Porém, se por divergência religiosa, você não compartilha das mesmas alegrias, este poema também NÃO é para você. Mas, se por outro lado, você só sabe criticar o Natal, TALVEZ este poema seja para você.
A todos os que passarem por aqui, meu carinho e respeito, independentemente da opinião.

UM NATAL DE LUZ E PAZ PRA VOCÊ!
.......

ACABEM COM O NATAL!

Desarmem as árvores de Natal,
Cuja “neve”, sobre as folhas, não derrete
Neste clima tropical,
Onde os frutos são pura fantasia,
Não matam a sede nem saciam a fome
E as luzes só aumentam o gasto de energia!

Destruam os presépios!
Só assim acabar-se-á com o culto aos ídolos de barro.
Afinal, o que representam aquelas figuras inanimadas,
Sem nenhuma graça,
Num canto qualquer de qualquer lugar?

Não cantem canções natalinas,
Cujas letras e melodias melosas enternecem corações,
Unem pessoas em confraternizações,
Trazem alívio às almas e corpos doentes.
Eles irão morrer mesmo!

Matem o velhinho hipócrita, o tal Noel,
Que só presenteia meninos ricos
E deixem os pobrezinhos órfãos de alegria.
Assim, os meninos pobres, morrerão de contentamento,
Mas nem por isto deixarão de sentir fome
E desejos de presentes.

Nada de ceia farta!
Joguem fora o peru, a farofa, o vinho, as frutas
Pois estes são alimentos dos fariseus.
Melhor refestelar-se sobre um prato de farinha,
Com um pouco de água e sal,
Ao lado daqueles que nada tem de seu.

Não há porque gastar fortunas
Para comemorar o nascimento de Cristo.
Afinal, se o Cara sabia que iria sofrer até a morte,
Por que aceitou nascer?
Guardem o dinheiro para festejar os seus aniversários,
Com churrasco, pagode e cerveja...
Para as fantasias de Carnaval...
Roupinhas sensuais.

Apaguem as velas,
Pois suas chamas representam vida...
Para que viver a ilusão de vida plena e feliz
Se o Natal é tão efêmero quanto a própria vida?
E o que é a vida, senão o anúncio da morte?

Para que manter acesa a chama
Da solidariedade, fraternidade, esperança e perdão,
Se apenas uma vez ao ano ela se renova em Cristo?
O mundo não precisa de nada disto...
Estamos tão satisfeitos com o que acontece por aí!

Acabem com o Natal!
Com as cores que transmitem energia
E o pouco de alegria que a data encerra.
Natal é festa sem importância...
Não aproxima pessoas, não une famílias,
Nada traz de positivo.

Destruam os sonhos, as ilusões
Façam assim...
Façam o mundo mais “humano”
E (in) feliz!

Acabem com o Natal!

© Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 16/12/2011

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