Correnteza, rio acima,
Água suja ou cristalina
Não importa, isso é sina
Desde tempos de menina.
Todo o ano o mesmo embalo
É o tempo, dá o estalo:
Preservar toda a vida
Alojada na barriga.
Seja rocha, pau ou lama
Ela jamais se engana
Na luta com a correnteza.
Aos nossos olhos desvenda
O mistério desnudado
De nascer novos rebentos.
Marilene Anacleto