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Montes de olhos que me olham e não me enxergam.
Outrora não era apenas os olhos que a mim se inclinavam,
Seus corpos inteiros passavam-me calor.
Agora imerso no frio dessa indiferença.
Sustentando-me apenas com uma ínfima irradiação
Dos poucos que me pertencem.
Agora devo perguntar o porquê.
Por que se arrefeceram nessa distância?
Necessitamos uns dos outros.
Meu calor tem que ser de todos, e de tais ser o meu!
Energias já me faltam para reverter esse quadro.
Meu consolo é apenas a brevidade de uma nova esperança.
Desabafos!
Data de publicação:
Quarta-feira, 21 Março, 2012 - 01:31
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