Por que te fizeste carne?
Enquanto espírito
Eras sensação de paz e de alegria
Agora, és também paixão
Que faço desta tua essência
Que me impregna a pele?
Sou toda em ti – realizada
Ando à roda de mim mesma
E te consumo no meu espaço
Desejos estranhos de morder
De gargalhar e dançar na chuva
Correr de ti para encontrar-te
E em ti ser feliz
Tens sido tanto...
Tão maravilhoso, tão delícia
Nem precisavas ser assim
Tão completo
Bastava-me teu humor
Tua constância
Não pediria mais que isso
Entretanto...
Estás presente
No sol na lua na madrugada
Nos sabores e na arrumação
E na desarrumação que em mim fizeste
Organizaste minha existência