A vida é um mistério, e muitas vezes difícil de decifrar, às vezes nem conseguimos decifrarmos.
Lembro que mais ou menos a oito (8) anos atraz, mudamos para um Bairro novo de Ribeirão das neves mg.
Mas como nós ainda não tinha construído nossa casa, fomos morar em um porão do vizinho do lado, para que nós desse jeito de construirmos.
Mas acontece que só meu marido estava trabalhando e ele só não daria conta de construir rápido.
Sendo assim eu precisava arruma um emprego para ajudá-lo.
Ai que vem o mistério que ate hoje tento decifrar.
Minha avó materna eu não conheci, pois ela veio a falecer antis de eu nascer.
Mas lembro que uma noite sonhei com ela me dizendo que ia nos proteger que ia cuidar de mim. Três dias depois arrumei um emprego em um Bairro de Horizonte, o qual eu teria que tomar duas lotações.
No primeiro dia, na ida para o serviço fui com a patroa, na volta para casa ela me deu o endereço da primeira lotação para casa e o do dia seguinte para voltar ao serviço. Mas neste primeiro dia para a volta de minha casa fiquei tranqüila, pois imaginava que seria o ponto que eu já sabia, mas o que eu não sabia é que o ponto de costume tinha mudado, e fui direto para a Rua Arão Reis no centro de Belo Horizonte o ponto de costume, pois a próxima lotação se não tivesse mudado o ponto seria tomada ali, mas acontece que o ponto mudou para Oiapoque e eu nem a patroa sabiam. Cheguei na Arão reis fiquei no antigo ponto por algum tempo, mas me estranhando, pois sempre tinha movimento de quem ia tomar a mesma lotação e neste dia não tinha.
Ao lado tinha um mine restaurante onde saiu uma mulher e um homem desconhecido e acenaram pra mim.
Eu custei a entender que eles estariam acenando pra mim, quando entendi, logo perguntei se era eu, eles disseram, sim, e perguntaram se eu esperava a lotação eu disse que sim.
Eles disseram que o ponto mudou para Oiapoque, mas eu não sabia onde e estava bem longe. Eles disseram que eles também estavam indos para lá que também, que precisava tomar a mesma lotação.
Que eu poderia os acompanhar mas notaram que eu tinha medo, pois eu fiquei em duvida se os acompanhava por ser desconhecidos.
Eles disseram não tenha medo venha rápido já vai sair um agora vem.
Resolvi os acompanhar, e mesmo na pressa, praticamente correndo para não perdermos a lotação que eles diziam constantemente que já esta pra sair, eles me protegia dos carros, pois com tanta pressa eu nem percebia os carros.
Eu sempre fui muito comunicativa e durante a caminhada ate o ponto trocamos conversa, e eles me perguntaram se eu vinha do serviço, eu disse que sim e eles também perguntaram se eu voltaria no próximo dia. Eu disse que sim e comentei que eu estava preocupada com o endereço, pois eu não tinha nem noção de onde era, e mostrei o endereço por escrita o qual minha patroa teria me dado.
Mas eles mudaram o endereço me deu outro e eu fiquei na duvida se eu o usaria, pois eles eram desconhecidos.
E eles me disseram varia vezes que eu não usasse o endereço que a patroa me deu, pois aquele estava errado, que o ponto era em outro lugar.
E na preça para não perde a lotação a caminhada continuava. Dirrepente eles disseram olha o ponto ali, o a lotação já está lá, eu também vo tomar esta e não posso perdê-la, estou com muita pressa e correram e dizendo venha, venha rápido!
Ao chegar na porta de traz a lotação arranca e a mulher bateu gritou até que a lotação parou e eles chegaram até a porta da frente em posição a entrar e ainda deixaram que eu entrasse primeiro.
A lotação arranca. Mas e eles? Eles não entraram e eu logo em seguida olhei pelas janelas de um lado e outros avistei todo o ponto de um lado e outro em questão do tempo de entrada e eles não mais estava ali.
Mas estranho! Porque eles não entraram se estavam com tanta pressa e veio ate a porta da lotação?
É! Mas eles realmente sumiram! E eu queria os agradecer, Mas algum dia eu os vejo.
Fui para casa e eles não saíram de minha cabeça.
Cheguei cansada fui dormi pois no dia seguinte a luta começava, mas tudo que eles disseram repetiam em minha cabeça com freqüência principalmente, não segue o endereço de sua patroa, ele está errado.
Mas como eu ia seguir endereço de estranhos?
Pensei lógico que eu não vou deixar de seguir o endereço que a patroa me deu, para seguir o que a estranha me passou.
Bom, sai de casa as quatro da manha pois teria que tomar duas lotação e ainda tinha que cassar o endereço e ainda tinha que chegar cedinho ao emprego.
Mas durante a caminhada as 5 e 3 da manha cheguei ao centro da cidade.
Desci em frente a rodoviária e segui minha procura.
Senti uma forte vontade de ir ao banheiro, passei em frente uma lanchonete que passou a noite aberta avistei um banheiro lá no fundo.
E somente o atendente estava no local.
Como de costume, em muitos locais se compramos algo, não pagarmos para usar o banheiro.
E como eu tinha cordado e saído muito cedo de casa e nem lanchado eu tinha, eu já estava até com um pouco de apetite.
Olhei na estufa não tinha nada do meu enteresce, somente umas coxas de frango, então perguntei se não havia nenhum pastel, o atendente respondeu que não, que ali só fazia coisas que cachaceiros gosta.
Mas eu não tinha muito tempo a esperar, perguntei se poderia usar o banheiro, Ele disse que sim.
A lanchonete era bem estreita e bem comprida e lá no fundo havia um banheiro ao lado de uma escada a subir.
Mas ele não deixou que eu entrasse no banheiro ao lado da escada, mandou que eu subisse a escada. Chegando ao fim da escada havia um banheiro aberto e ao lado uma outra meia porta de ferro bem reforçada e trancada com cadeado em frente da escada.
Mas neste banheiro ao lado, ele não deixou também eu usá-lo, disse estar estragado que era pra mim entrar por aquela porta de ferro e destranco o cadeado.
Mas ali não era um banheiro, parecia ser uma sala de escritório.
Ele me ordenou que eu entrasse ali.
Eu comecei a ficar com medo e o perguntei, mas ali? Ele afirmou, sim! Entra lá.
Eu já com muito medo disse ali eu não vou entrar.
E ele com a voz mais agressiva, perguntou você não vai entrar? Entra logo!
Eu não teria como correr, pois se ao menos tentasse eu só passaria nas mãos dele.
Mas, para provar o grande mistério de DEUS, em seguida apareceu um mendigo na porta da lanchonete e gritou, à, safado! Já sei que você tem o costume de ir para o banheiro com mulheres.
E ele então desceu a escada em direção ao mendigo e eu desci a escada rapidamente e segui minha caminhada para tomar a próxima lotação para ir ao emprego.
Por incriável o que pareça, o endereço certo era o endereço que a desconhecida misteriosa me passou.
Agora ficou um mistério, quem seria aquelas pessoas que me deu outro endereço para meu emprego, me levou até o novo ponto e dizia também tomar a mesma lotação e não tomou, simplesmente sumiu?
Quem será o mendigo que me salvo?
O que teria acontecido se nenhuma destas pessoas tivesse cruzado meu caminho?
Será que um dia vou decifrar este mistério? Que é obra de DEUS é! Mas quem será o usado por ele?
AUTORA Maria Silvania dos santos!