Meu amor...
Um dia me encontrei sentada à beira mar, meus olhos perdidos no horizonte, meu coração pulsava como as ondas do mar.
Naquele instante meu coração ansiava pelo amor, não o carnal, mas aquele que vai além de dois corpos unidos, aquele que nada absorve do ser amado, mas a ele acrescenta.
Mas apesar do desejo de ser amada, o medo me fazia companhia...
...Medo de jamais encontrar este sentimento, de nunca poder senti-lo.
Incrédula vagava pelo mundo, com o coração em chamas, sem poder viver o amor contido em meu coração.
Quando te vi pela primeira vez foi como se todos os meus anseios cegos, tivessem chegado ao fim, desejei como nunca estar ao seu lado e deixar crescer aquele sentimento que começava a tomar conta de mim.
Mas o medo mais uma vez me fez covarde, fugi como um gato acuado, não me dando conta de não havia lugar onde me escondesse.
Foram longos os conflitos no meu coração, dias se arrastaram até que dentro de mim se travasse uma batalha, em intervalos de trégua, você surgia na escuridão de meu ser, e trazia com a sua imagem momentos de grande alegria e desejo.
Até que um dia o medo foi abandonado a guerra, permitindo que amor tomasse conta de mim, meus olhos viam tua imagem e meu coração mandava-me a mensagem de nunca deixá-lo.
Era um presente do destino, não havia fuga, não havia escapatória, estava feito, foi então que permite sua presença em minha vida, e conheci a verdadeira felicidade.
Hoje se me sentasse à beira do mar, meus olhos perdidos no horizonte, só encontrariam o teu porto seguro, onde me abrigo pra fugir da maré.
Amo-te muito...