Vi o teu olhar de tão verdadeira,
respondendo a perguntas de uma vida inteira.
Foram tantas as horas perdidas em zeros
na minha caminhada pelos dias ausentes de ti,
de ti que tanto queria e desconhecia existires
sem nunca perder a noção que haveria de te encontrar.
A primeira vez que vi o teu olhar,
era um olhar desconhecido mas não estranho,
vindo de um nada que só por si dizia tudo,
um tudo de um todo que à muito estava escrito
nas páginas do destino ainda por nós desfolhadas,
numa profecia de letras inacabadas
que teu olhar completa.
Foram tantos os olhares com que se cruzou a minha sina
e apenas teus olhos me convidaram a deixar entrar,
num mergulho ao profundo secreto da tua essência,
acariciando o meu olhar com toques de alma
que minha alma recebe e desagua em suspiros
na foz dos desejos que a vida nos escondeu.
Agora penso de como já será tarde,
mesmo que trémula a visão de nós é não tarde de mais,
nos sentimentos profetas que embalam nossos olhares.
Vivemos separados nesta vida que nos junta
e confesso paixão com maturidade suficiente,
ao necessário desta oportunidade que o destino oferece
de eu te exibir seres aquela por quem espero,
aquela cuja a profecia acontece
nesta dimensão de amor...