Blog de Carmen Vervloet

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SONHO

O sonho que sonhamos
é qual ventre que agasalha o feto
abrigando-o, alimentando-o
e o deixando tomar forma lentamente.
Uma gestação sem tempo determinado,
onde se semeia sem normas,
sem rimas, sem receios,
mas com esperança.
Onde a emoção revela seus anseios
através das brechas do coração.
O querer entra em sintonia
com o universo
que conspira a nosso favor
e no encontro de suas energias
realiza-se a concretização.
O sonho floresce
e a alma verseja perfumada.

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PORTELA: SONHO INCINERADO

Tanta era a energia que tudo se incendiou,
na euforia da folia o fogo se alastrou...
Queimou alegorias, o sonho cinza ficou
destruiu as fantasias, a lágrima escorregou.

A esperança deu lugar à incerteza,
todavia a fé não se abalou!
Máscaras não encobrem a tristeza,
a determinação em azul se pintou.

Na devoção de cada apaixonado portelense
a certeza de um novo caminho encontrar.
No coração folião fluminense,
sem navios e sem riquezas, o samba vai arrasar

Sem amarras e sem lamentos,
a escola com garra na avenida desfilará
Nada impedirá seu momento
Toda de azul, abençoada por Yemanjá.

As baquetas do coração
desenhando evoluções,
na força do seu pavilhão,
sambando sobre as cinzas das frustrações.

Carmen Vervloet

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AMOR, SUPREMA FLOR

O amor é sábio, estimulante, empolgante,
partilha idéias e liberdade.
O amor é honesto, dialoga,
aceita o outro como ele é
e é verdade.
O amor é paciente, benevolente
e tem senso de humor.
O amor tem sabor, o amor tem cheiro,
o amor tem cor.
O amor tem rosas e tem carinhos...
Então, se entregue sem medo,
plante as rosas, colha carinhos
e sinta o perfume delicioso
desta suprema flor,
que se chama AMOR.

Carmen Vervloet

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(RE)CANTO DOS PÁSSAROS

No chão coberto por denso mato
principia um sonho lindo!...
O começo do primeiro ato
no palco agreste do vigor infindo.

Os pássaros tomam a cena
e entre trinados e gorjeios
pousam felizes sobre os pés de açucenas
despertando mais e mais o nosso anseio.

A procura pelo nome do novo paraíso,
o projeto da casa, a sua localização...
A imaginação sobeja entre sorrisos
busca do sonho a concretização.

Mas lá do alto imponente e solitária,
dançando ao vento, graciosa e feliz,
a jabuticabeira rainha centenária
veste seu manto bordado em verde matiz.

Carmen Vervloet.

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LUSCO FUSCO

Até o relógio teima em não andar...
Parado na madrugada
de um tempo que passou.
Paralisou o momento
nos acordes daquela música
que ficou gravada no coração...
Quando suas mãos, sem romper o ritmo,
acariciavam meu corpo,
viçoso qual rosa orvalhada,
no encantamento da alvorada...
Quando só o amor
iluminava mais que o sol!

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GRITO

Na curva te encontro pulsando paixão.
Vens insinuante, palpitante,
numa nuvem de sedução.
A fome busca sustento
na pele arrepiada.
Seqüestra os sentidos...
As mãos modelam o corpo
que sem resistência vai se entregando...
Mas grita a razão
que não sucumbe à sedução,
nem permite a loucura...
Solta a larva guardada no âmago
para que assuste o desejo.
O desejo foge com medo
de fazer o coração sofrer outra vez.

Carmen Vervloet

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MELINDRES DA POESIA

Pensas que a poesia se abre lentamente,
como flor que se espreguiça ao sol,
a poesia sempre está latente
mas nem sempre se acende ao arrebol.

Deixe que a poesia te provoque
na calma da noite silenciosa...
Não grite por ela, nem a evoque,
a poesia é como moça misteriosa!

Ela tem faces secretas,
dependendo da inspiração, é afoita ou discreta.
Entorna-se qual água de nascente
se o coração que a acolhe é indulgente.

Deixe a poesia descansar em sua alma...
Não a force a se levantar precocemente do berço!
Deixe-a amadurecer com calma,
depois desfie a poesia como quem desfia um terço.

Carmen Vervloet

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NOSTALGIA

Na mente "flashes" dos bailes românticos de antigamente
onde as moças, qual plumas, giravam pelo salão
a alegria cabia apenas num sorriso e educadamente
no “grand finalle” o cavalheiro agradecia com um beijo na mão.

Os olhares se cruzavam perdidos em emoção
acendendo as fagulhas das asas do desejo
a orquestra tocava valsa, bolero, samba canção...
O contato sutil dos lábios num tímido beijo.

Uma palavra de amor segredada baixinho ao ouvido
o farfalhar das anáguas engomadas sob o vestido
lembranças que guardo eternamente comigo
cerradas num frasco de Dioríssimo antigo.

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CANTO DE ESPERANÇA

CANTO DE ESPERANÇA

De dentro do meu coração
bateu asas o passarinho,
fugiu do seu alçapão
foi em busca de outros ninhos.
Foi cantando liberdade
entre fogos de artifícios
estimulado pelas festividades
num momento de armistício...
Feliz Ano Novo! Feliz Ano Novo!
Cantavam todos em uníssono.
Os anjos sorriam do alto,
o luar prateava o asfalto,
o povo brindava a chegada,
celebrava o novo ano...
Pedia felicidade,
fazia planos e planos.
Pedia saúde, alegria,
dinheiro e paz, muita paz...
E da torre da fantasia
meu sonhador passarinho
vislumbrou o que importa:
O pão de cada dia,
o amor plantado na horta
as ondas de boa energia
invadindo cada porta.
A paz rompendo as comportas...
Só então pousou nos fios da esperança
e cantou feliz, feliz!

Carmen Vervloet

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ADEUS ANO VELHO! FELIZ ANO NOVO!

ADEUS ANO VELHO!

Ele passou feroz por meu caminho
Devastou sonhos, feriu o coração
Sorveu minhas lágrimas como quem bebia vinho
Varreu a paz, multiplicou a tribulação.

Ele passou... envolveu-me em entrelaces
Levou consigo a alegria de alguns momentos
Deixou o rastro de uma ruga na face
Sem piedade sangrou meu sentimento.

FELIZ ANO NOVO!

Ele chegou como o sol e seu cabelo de ouro
Trazendo luz para a alva flor dos meus sonhos
Na sua bagagem trazendo alguns tesouros
Entre as nuances do seu alvorecer risonho

Ele chegou pródigo em promessas
Exalando em seu frasco todo um perfume doce
Fazendo-me seguir suas pegadas sem pressa
Norteada pela prata do lume que me trouxe.

Ele chegou e me abraçou com carinho
Entregou-me uma caixinha repleta de sementes
Entregou-me a foice, a pá e o ancinho
E acordou a esperança que dormia displicente.

Carmen Vervloet.

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