Blog de Cabral Compositor

Foto de Cabral Compositor

Depois do Portao

Uns passos, mais outros
Passou a calcada, outra rua
Desprendeu-se do limite
Do domínio familiar
Achou um caminho maior, mais longo
Bancas de jornal e revistas, um ponto de táxi
Umas sombras e arvores
Uma praça com jardins bem cuidados
Um chafariz com água fria
Um calor no tempo, nesse dia
Mais espaço, outra rua, um cachorro late
Sai correndo a criança, confusa, perdida
Um choro, uma freada
A morte sem aviso, veio da distancia
Depois do portão

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Acreditar

Acreditava que o seu querer
Havia espaço para a solidão
Porque na vida o que faz viver
É escutar a voz do coração

Uma pergunta pode ser conquista
Um sim, um não, não vai me magoar
Não quero ser a capa de revista
Para chamar sua atenção

Eu quero alguém que esteja de bem
Com o seu conquistar
E queira também estar com alguém
Em algum lugar
Que tenha o sol, a terra e o mar

E queira também
Buscar com alguém
Um lugar ao sol
E vá mais além,do que lhe convém
No querer do amar

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Arvore

Arvore

Sou uma arvore
Nem alta nem baixa, mas vejo bem longe
Alguns campos verdes, outros morros e serras cinzas
Aos meus pés, incomodam uma grama amarelada e seca
Como estou agora, seca e com sede
Minha pele, digo minha casca está ressecada
Não uso cremes e hidratantes como os humanos
Meus braços, digo minhas galhas estão encolhendo
Os meus cabelos, digo minhas folhas andam caindo
Tenho sentido falta de ar, não estou respirando bem
Tenho notado a falta das estações
Aquele calor agradável dentro do seu tempo, o frio que a noite nos faz dormir bem
Sinto falta do sol claro e brando, uma névoa amarelada não me deixa ver mais o sol
A agua que tem vindo das chuvas estão pesadas, estão densas
Não estão mais suaves e leves, transparentes e saudáveis
Sei lá, acho, que deva estar acontecendo alguma anormalidade com o planeta
Mas deixa pra lá, são coisas da minha cabeça, digo das minhas raízes
Vou esperar, talvez um pássaro pouse em mim
E me diga o que está acontecendo...

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Num Piscar de Olhos

Num Piscar de Olhos

Catou um monte de ideias
Saiu pelas ruas, viu arvores, esquinas e comercio
Muita gente em vestes
O calçamento, cores nos carros, nas casas, em tudo
Cheiro de café, de flores
Um grito, uma musica e o canto dos pássaros
Ruido de motores, uma velha varrendo a calçada, folhas secas caidas
Uma praça, uma torneira aberta
Um céu azul e nuvens brancas
Um varal com roupas ao vento
Um Sol, nem quente, nem morno
A alma e as batidas do coração
Uma oração na mente
Um sonho, uma vida em frente
Uma brisa leve
Um dia, um tempo nesse momento, na memória, na historia
Num piscar de olhos atentos
E as mãos em poesia

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Quebra e Cola

Quebra e Cola

De sobra, só tem uns papeis que embolei
E os truques do meu coração não revelados
E as lembranças, de que um dia fui Rei nem passara perto
E não inventei, só recomecei e voltei ao inicio
Naqueles caminhos que um dia passei, e novamente passei

E se o mundo deu voltas, parei
Não encontrei, mas agora sei, e sei
Quem domina é o destino, e isso é lei
Se foram as aventuras que me entreguei
E não terminei de sofrer e de chorar pelas ruas

Já se vai o pensar de que um dia errei
E já paguei por todos os desacertos
Aqueles amores, aquelas torturas no meu andar por ai
E se ficaram algumas ranhuras, todas já colei

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Dia de Cão

Dia de Cão

Caiu do telhado um pássaro do ninho
Sem penas, que pena, sem mãe, sem pai
Não sabia cantar ainda, não sabia nada
Não sabia da vida, das dificuldades dos dias
Não sabia porque tinha bico, não sabia piar
Sem nada, sem dono, sem céu para voar
Caiu um passarinho do céu
Caiu e não sabe voar
Vida sem razão, vida sem noção, vida de cão

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Miragem

Uma nuvem
Uma nevoa
Embaçado tempo
Antena sem televisão
Uma fome
Umas pernas que não andam
Embaraço, lentidão
Um alto no baixo
Escada sem corre-mãos
Um reto, um contorno
Um sol, nem quente, nem morno
Uma ascendente
Umas pedras
Um rio sem corrente
Um corpo que não sente
Um rosto sem formas
Um chão doente
Ao leste do continente
Uma fonte, na alma, na calma, na mente.

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Vida

Sofria sozinha, calada no canto
Uma vida inteira, uma vida em dor e desespero
Coitada, tão mal entendida, entediada, sempre em prantos por ai
Nunca imaginaram uma criatura tão bela, tão calma, tão meiga
Não dispor de alegria, encanto, sorriso e olhar contente
Que pena, a vida, as vidas, os caminhos que ela tem que percorrer
Que pena, a vida, aquela que Deus nos legou
Tão plena de si, tão arrebatadora, tão intensa e com dor
As alegrias, as vezes, em tese, em lances rápidos, não tão mágicos
A vida de incertezas, em medos, em meios aos destinos ditos
A vida, em preces, em encantos, em sim bolos desertos
Com ternura, com amparo, com respeito ao próximo, aos próximo
Sentida, na carne, no osso, nos ossos dos nossos ofícios.

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Quando a Cabeça pede e Depois não Vai

Minha cabeça já não está mais nessa
É promessa a bessa para esperar
Já passei dessa, não tenho mais pressa
para poder te amar
Só faço planos onde posso ir, e se insistir vai ter que esperar
Pois o meu jeitinho já não é aquele que você espera no seu desejar

Conheço bem esses caminhos doces,
essas palavras mansas e esse seu olhar
O meu esforço, só acolhe
aquele pouco que eu posso dar
Mas em questão de qualidade
e não na quantidade tenho meu valor
Todas as noites que passaram antes
foram bastantes no meu aprendiz
Hoje já não são tão mais constantes
mais eu sei levar

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Não Estar Só

Cavei minha sorte e desviei
Segui por um rumo de intenções
Resolvi as questões da alma e do coração
E envolvi em sentimentos novos e desenfreados
Achei o que não queria
A rima sem nexo
A prosa sem verso
Esgotei as frases as palavras
Esgotei o universo das inversões
Adquiri um momento de incertezas e não suportei
Amei as nuvens, as paredes sem cor, as outras formas
Desbravei uma vontade não catalogada
Respirei outro oxigênio
Nadei em outros mares
Naveguei nas minhas impressões
Suavizei a febre com agua morna
Inalei o vapor das máquinas em alta rotação
Vi pelas janelas as paisagens que passavam
Andei por um trilho em brilho, sem fim
E cheguei aqui, bem perto de mim

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