Cartas, que não foram lidas;
histórias,que não são vividas;
memórias, quem dera... Esquecidas,
onde não mais cabem onde estão.
Extraviadas da vida,
d’outra realidade, omitida,
das escolhas a preterida.
Que levariam noutra direção...
Mas, no caminho das esquinas,
talvez, noutra rota torne
e volte a focar na retina.
A visão fria a pele amorne.
Coisas soltadas ao vento,
não sabem se vão...Onde vão?
Pode até , quiçá, num momento,
retornarem a nossa visão...
A certeza: Lembrar demais,
mostra-me que errei bem mais.
E o que deixei para trás
é o que devia estar em minha mão.
Cartas, que guardo fechadas;
das opções relegadas;
escolhas, que ficaram guardadas,
sem caber na vida, resta ao coração.