tristeza

Foto de andrelipx

Amor

Puderam surgir vários textos que descrevam o "amor", sim...Mas será que é descrito de formas iguais...Amor, é um sentimento forte que de um momento para outro sai de uma caixa...Caixa essa que esteve fechada durante vários anos, já coberta de pó e teias de aranha dentro de nós, mas de repente surge alguém que com a sua força e com a nossa força nos faz abrir essa caixa...Fica diferente, mais viva, mais colorada, mais fantástica, mas acima de tudo mais aberta, ela abre o nosso coração e desperta algo que irá encantar uma pessoa, com palavras, actos, cenas e apartes...Sim o amor é também uma peça de teatro...Ele começa muito bem, dura muito tempo, mas eis que surge um aparte, sim, um aparte, algo que irá fazer virar o nosso amor, não acaba, mas sim fazê-lo virar, fazê-lo crescer, porque muitas das vezes necessitamos de um aparte no nosso amor para que ele cresça ainda mais... Surgem por vezes analepses, surgem em nós momentos que já tenhamos vivido, talvez seja devido a esse aparte, mas depois tudo volta ao normal...É verdade o amor é um teatro belo, com a autoria de cada um, porque todos nós fazemos um teatro diferente, uns com mais beleza e força outros com mais emoção e ternura, e ainda uns com mais duração que outros e com mais sentimento... Não é uma telenovela, porque se fosse o amor tinha que estar divido em várias partes e surgiam ainda mais apartes e analepse, é um teatro...Cada um faz os cenários a sua maneira, porque há quem sonhe e construa os seus próprios cenários, e a outros que não sonham e daí mandei construir os seus cenários... O Amor é assim, difícil como uma peça de teatro, se alguma vez desistires do amor, é porque não gosta de essa pessoa realmente... Temos que lutar para que o amor seja assim, porque é normal surgirem analepses e apartes no amor, porque a raiz que agarra o amor é assim é extremamente presa e agarrada...o amor é assim...

Foto de Marilene Anacleto

Vida Mecânica

Almofada, envelope,
Almofada, envelope,
Almofada, envelope.
Pressão nos dedos,
Carimbo torto.

Almofada, envelope,
Almofada, envelope,
Almofada, envelope.
Envelope virado,
Carimbo no lugar errado.

Almofada, envelope,
Almofada, envelope,
Almofada, envelope.
Braço, pescoço,
Dolorido, torto.

Almofada, envelope,
Almofada, envelope,
Almofada, envelope.
Nem pensa e vai,
Feito bicho morto.

Almofada, envelope,
Almofada, envelope,
Almofada, envelope.
E isso é só um pouco
Do que fazemos conosco.

Foto de Carmen Lúcia

Paisagem urbana

O sol começa a se espreguiçar.
É a rotina...São dez da matina.
Embaçado, pretende acordar a manhã,
iluminar a estação.Primavera?
Tão linda ela era!

O céu se acinzenta...
Nuvens?Não!Fumaça!
Fusão de azul e petróleo
sobre veículos e pedestres apressados.
Odor de óleo queimado...
Som estridente, alterado.Rock and Roll?
Não!Buzinaço a todo vapor...

Barulhos de trens do metrô...
Agitos do vai e vem...
Luta do dia a dia
pela sobrevivência...pela conveniência.
Alguém ainda dorme no banco da praça.
Cachaça?Acordar?Não tem graça.
Algo surge no céu, sem escarcéu.
Não é nave espacial...
É a lua prestigiando um luau.
(saudade dos velhos saraus)

Pontinhos cintilam fraquinhos...
Vaga-lumes?Não!Estrelinhas.
(nas entrelinhas)
Querem dar o ar da graça.
Coitadas!Tão sem graça!

E o corre-corre continua.
Agora a paisagem é crua e nua.
Luzes incendeiam bordéis...
E os sonhos?Vendidos aos tonéis.
Casas noturnas, peças teatrais.
Encenam vidas reais...
Travestis e prostitutas disputam locais,
esquinas se enchem de marginais.

O êxtase excita, alucina,
domina atitudes tribais, canibais.
Poetas observam...perdem-se nas rimas.
Um barzinho, um cantinho e um violão...
Um estampido, um grito, sirene e furgão.

Numa igreja, louvores e cânticos,
nos cantos, clamores do sexo,
e toda a fé perde o nexo...
De repente, um seqüestro-relâmpago...
Nas casas, noticiários na televisão,
em volta, grades de prisão.

Uma coruja espreita, assustada...
Espera surgir o dia
pra dormir...sossegada(?)

(Carmen Lúcia)

Foto de Felipe Ricardo

Promessas e Princípios

"Uma das coisas mais interessante que vejo neste
Mundo, são coisas tão simples que as vezes fico
Só a pensar do que seria esta orbe que vivemos
Sem tais ingredientes para esta louca sociedade,

Pois imagine só alguem te fazer uma promessa e logo
Depois em questão de segundo esqueçe-la e simplesmente
Deixar deste principio primordial que nos ligam,
Que nos untam em forma eterna e assim nos fazem pessoas

De principios e leis, que regem esta orbe que gira
Seguindo a sua promessa de sempre seguir esta estrela
Que nos da vida, vida esta que foi prometida pela
Por esta singela estrela que sempre esta lá vivendo

Em sua cina de nunca morre, pelo menos enquanto
Eu aqui estiver para parar e pensar sobre tais
Alegorias humanas e mortais que sempre são tragadas
Pelos ventos que varem estas planicies de nossas

Consciências jovem e apaixonadas...
...Peço perdão a aquele que ler, a aquele que tenta suprir
Sua consciência, mas influenciado estou por um pensamento
Qualquer e mais fútil do que uma paixão exilo de mim [...]"

Foto de Carmen Lúcia

Medo

De despir-me das vontades
e nua de desejos e ensejos
perder minha identidade.

De desistir dos sonhos
e me imbuir de marasmos
cultivando um amanhã enfadonho.

De mergulhar no vazio,
dele não conseguir sair
e por mais que eu tente, nele imergir.

De perder a inspiração
vítima da síndrome do papel em branco
...e fragmentá-lo com meu pranto.

De que a sombra se interponha
e me impeça de ver a luz,
o belo, o arrebol, o sol...

De que pensamentos funestos
conspirem contra mim, no universo,
e me retornem mais perversos.

De não encarar a verdade,
alienar-me à falsidade
e por mais que me custe,
mascarar a realidade.

De não ter ousado,
não ter lutado,
não ter recomeçado,
não ter acertado,
mesmo tendo amado.

Medo de não perder o medo...

_Carmen Lúcia_

12/09/2009

Foto de Carmen Lúcia

Sem palavras

Nos olhos, perfeita dissimulação,
olhar sem direção pra não me entregar,
sem ter que encarar, fraquejar e implorar,
mantendo-me firme na proposta da encenação.

Nos lábios um sorriso camuflado
amargando uma lágrima indiscreta
a arder o âmago, a salgar o cerne
de onde pulsa desenfreada dor...

A dor que permeia meu espaço
e passo a passo toma posse de meu ser.
Na garganta um nó fortemente atado
a sufocar palavras que não quero dizer,
sonoridade embargada pelo silêncio
que sempre calado há de permanecer.

Não revelo a fragilidade do sonho acabado
sem nunca sequer ter começado.
Quero que vás sem nunca saber
o que teu coração não conseguiu entender.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Introspecção

Hoje me recuo.
Recolho meus vestígios,
fecho-me em mim.
Repudio pensamentos pesados,
por demais ousados
que me vestiram assim.

Recomeço pelo fim.
Apago marcas do que sou
que travam passos que dou.
Disperso o meu cheiro
que impregna meus devaneios
dissimulados, sem roteiro.

Renovo os sonhos que nunca busquei,
escondo os rastros que por aí deixei
que gritam como sou, onde estou...
Hoje refaço o destino
incisivo e opositor.
Esvazio o meu íntimo,
liberto-o do dissabor.

Desdenho o desatino,
tudo o que faz retroceder
e sofrer.Quase perder...
Os últimos acordes entristecidos
perdem-se no ar, a vagar...
Canção que não tem razão de ser,
que já não quero mais cantar,
já não quero mais dançar.

E nesse ostracismo, a me buscar,
a me encarar, me enfrentar,
confronto com meu próprio eu.
Talvez descubra o que restou,
o que morreu...
ou quem sou eu...

(Carmen Lúcia)

Foto de Carmen Vervloet

Canção Triste

Bata... Bata... coração...
Ressoe seu eco neste caminho sem fim...
Bata no ritmo de um trêmulo bandolim...

Chore suas mágoas guardadas em silêncio,
lave com suas lágrimas todo e qualquer lamento...
Corte em ínfimas fatias
toda essa afligente melancolia...

Liquefaça esse sofrimento que o esmaga
e pulsando amor, com seu calor,
converta em vapor toda essa insuportável dor.

Foto de Carmen Vervloet

Porto de Tubarão poluindo Vitória

Com as sandálias sujas de minério,
batemos na porta de cada ministério,
na peregrinação para salvar nossa cidade
soterrada por tantas adversidades...
Mas nossa voz não teve eco,
sentimo-nos como se fôssemos bonecos,
emporcalhados de pó de minério,
mais parecíamos almas penadas saindo do cemitério
ou ETS vindos de outra galáxia
tentando desvendar toda essa falácia.
Mas o barulho era pequeno
para que pudéssemos nos livrar deste veneno...
As empresas, senhoras ricas e poderosas,
pouco preocupadas com nosso alvorecer cor de rosa,
mas sim com seus altos e excessivos lucros
deixando cada capixaba maluco,
doente das vias respiratórias
nessa linda e amada cidade de Vitória.

Na peregrinação desse nosso triste destino
sou uma voz abafada, que usa o teclado, a internet, o tino...
Que grita bem alto por ar puro,
mesmo pisoteada por passos tão sujos e duros

Foto de Carmen Vervloet

Canção da Vida

Cantei... Cantei... E pensei ser eternamente feliz...
Andei por caminhos cobertos por flores
nos palcos da vida sem me fazer de atriz...

Sonhei... Sonhei... Pisei o destino com meus pés de acaso...
Enxerguei a vida com todas as cores,
levitei sobre o mar, o sol, o arco-íres, o ocaso...

Sorri... Sorri... Bebi alegrias, sorvi felicidade,
envolvi-me com o manto do infinito,
nos fios do tempo tecendo amizades...

Sofri... Sofri... Na longa jornada desta vida...
Sepultei tantas vezes meu coração aflito,
mas caminhei sem nunca desistir da lida.

Chorei... Chorei... Senti a dor sem me fazer de duro,
enfrentei de peito aberto todos os conflitos,
sorvi com delícia tudo que era puro.

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