saudade

Foto de Amada Amante

Vermelho

A cor do sangue,
Cor da paixão...
Paixão, que sai queimando tudo
Tal qual a lava de um vulcão,
Deixando em cinzas meu coração.
Pobre órgão pulsante
Que sente sua falta excruciante,
No corpo marcas lancinante
De uma paixão tão marcante.

Foto de LillyAraujo

Eu e a coca-Cola

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Ah, coca-cola que o meu corpo vem refrescar,
onde estará o teu amado, amado meu?
Eu te bebo sem dever procurando-o
mas você é dele e não ele.

Ah, amiga minha coca-cola,
cá estamos nós duas a esperar.
Eu invejo-te quando ele a cheira, a deseja
não sei por quanto tempo suportarei tal divisão.

Coca-cola que corre em tantas veias,
mas tua cor é não-rubra, e negra és, e
semelhante ao petróleo, és também
um combustível de máquinas humanas.

Combustível de mentes estressadas,
século vinte e um de pernas apressadas,
tempo escasso e mais uma coca-cola...

Fique aí, coca-cola, na tua morada refrigerada.
Ainda estás melhor que eu,
neste domingo rabugento,
tempo quente, seco, sedento,
inóspito, inócuo e cheio da ausência dele.

Ah, coca-cola!
Poderia eu em ti me afogar,
e tentar sentir o que ele sente,
quando os teus lábios vai beijar,
mas tudo vazio ainda iria continuar.

Assim ficamos nós duas.
Eu a esperar, você a esperar ficando,
torcendo para que este domingo acabe,
a segunda amanheça, e imaginando
ele para nossos braços Retornando.

© Por Lilly Araújo- Direitos Autorais Reservados.

Foto de giogomes

A Rosa e o Tigre XXXVI - Novamente

Finalmente ele tinha voltado,
o seu Tigre havia chegado.

Estava claramente contente,
pela oportunidade de vê-lo novamente.

Sabia que deveria conter a felicidade.
Não vivia mais em uma fantasia, e sim na realidade.

Afinal, muita coisa havia mudado.
Por que então pressentia, que algo estava errado ?

No tempo em que o Tigre esteve ausente,
sentiu tristeza por não tê-lo presente.

Pensou que deveria ser normal tudo isso,
pois ainda eram grandes amigos.

Este grande vazio que sentia,
deveria ser ansiedade pelo que viria.

Sua semente em pouco tempo,
estaria em seus braços em um eterno momento.

Havia sim, um pequeno medo a despontar.
Tinha temor de que ele, pudesse não mais se importar.

Não queria pensar mais em nada.
Olharia para aquela longa estrada.

O seu Tigre esperaria,
para recebê-lo com muita alegria.

Ao chegar, o recebeu com ternura e carinho.
Esperava que tivesse achado o seu caminho.

Disse que na floresta, nada mais tinha graça,
quando ele ali não estava.

Percebeu que retornou indiferente.
Algo em seu semblante estava diferente.

Tigre: "- Não quero viver esta história novamente,
pois nada mais será como antigamente !"

Foto de giogomes

O Tigre e a Rosa XXXVI - Novamente

Pouco tempo após retornar,
novamente a Rosa foi encontrar.

O Tigre estava fortalecido.
A viagem o fez se sentir vivo.

Deu-lhe uma nova perspectiva,
do que seria a sua vida.

Ao ver a Rosa a uma certa distância,
com sua beleza e deliciosa fragrância.

Sentiu o seu coração balançar,
novamente a realidade do amar.

Tentou segurar a sua emoção,
comedir a sua reação.

Foi ao encontro da Rosa que amava.
Semblante sério, nada esboçava.

A cumprimentou formalmente,
deixou todo o sentimento ausente.

A Rosa respondeu com um sorriso.
Estava fascinado pelo seu brilho.

Rosa: "- Que bom que está novamente aqui,
não sabe a saudade que senti de ti !"

Rosa: "- Espero que tenha encontrado o que procurava !"
"- Esta floresta sem você não é nada !"

Rosa: "- Estava de saudades à morrer !"
"- Senti falta de nossas conversas. Senti falta de você !"

Rosa: "- Pena que infelizmente,
serei a próxima a ficar ausente !"

O Tigre ficou estupefato, sem reação.
Estava de volta toda a linda emoção.

Mesmo sendo isso tudo lindo, ele simplesmente,
não queria reviver esta história novamente.

Foto de Amada Amante

Sinta

Sinta a sintonia no ar...

Sinta meu olhar pelo seu procurar...

Sinta o meu coração descompassar...

Sinta meu perfume seu corpo impregnar...

Sinta minhas mãos te acariciar...

Sinta do meu corpo um calor irradiar...

Sinta meu beijo te devorar...

Sinta minha língua a sua provocar...

Sinta minha pele com seu toque arrepiar...

Sinta todas as formas do meu corpo no seu examinar...

Sinta como meu corpo ao seu pode se moldar...

Sinta as minhas ancas com seu apertar...

Sinta a textura da minha pele com seu explorar...

Sinta a minha umidade com seu dedilhar...

Sinta minha essência de fêmea exalar...

Sinta minha excitação com seu paladar...

Sinta meus gemidos pelo ar ecoar...

Sinta como você me faz delirar...

Sinta que estou quase a me desmanchar...

Sinta a minha paixão por ti se mostrar...

Sinta-me aí e agora.

Foto de Carmen Lúcia

Evidências...

As evidências estão por toda parte...
Sufocam o ar, penetram a solidez
de consistências impenetráveis.
Impõem a presença do ausente,
intensificam a dor que se sente.
Instalam-se, invulneráveis, na insensatez
de um coração que arde sem reagir,
na estupidez de uma razão covarde,
ilógica, permitindo tamanha invasão...
a devastação total de um ser
que escancarou a porta ao incontestável,
que sem clemência, deixou suas marcas
entranhadas, delineadas, gravadas
na vida que tento viver,
no pranto que tento reter,
no riso que já não é meu,
na poesia que tanto doeu
e se alimenta de tudo que é seu,
alienada às evidências fincadas
num amor que já morreu.

_Carmen Lúcia_

Foto de giogomes

Amando no poetar

Há solução para o amor que sinto.
Sinto o amor na solução que há.
Há amor na solução que sinto.
Sinto a solução no amor que há.

Há saudade na relação que sinto.
Sinto a relação na saudade que há.
Há relação na saudade que sinto.
Sinto a saudade na relação que há.

Há felicidade na tristeza que sinto.
Sinto a tristeza na felicidade que há.
Há tristeza na felicidade que sinto.
Sinto a felicidade na tristeza que há.

Há futuro para o desejo que sinto.
Sinto o desejo no futuro que há.
Há desejo no futuro que sinto.
Sinto o futuro no desejo que há.

Há um único amor na vida que sinto.
Sinto a vida no único amor que há.
Há vida no único amor que sinto.
Sinto um único amor na vida que há.

Foto de airamasor

A dor da espera.

Recontei o tempo,
andei pra trás,
colecionei os dias e as noites.

Atrasei as horas,
segurei as nuvens,
troquei as estações.

Plantei cata-ventos,
falei com bem-te-vis,
chorei com beija-flores.

Reguei a saudade
e cochilei em suas sombras.
Subi mangueiras
entardecidas de espera.

No quintal,
apanhei um pé de palavras
e arranjei uns versos
silvestres no vaso.
Sentei na soleira da porta
e desenhei seu nome na terra.

Poli a lua,
dei corda nas estrelas,
arrumei o céu.

Debrucei meu coração na janela,
até meu peito ficar marcado
pela dor da espera.
(Aira, 27 de março de 2011)

Foto de Carmen Vervloet

A VOZ DO TEMPO

A pena do tempo
Que conta a história
Perdeu-se ao vento
Descorou a memória

O tempo sem tempo
Não olhou para trás
E o homem em tempo
Arriscou-se atrás.

Subiu íngreme rochedo
Buscou o tempo sem medo
E sobre a noite veio à voz

Deixe que eu te leve
Sê... grande e breve
Ou gire sem face, a sós...

Carmen Vervloet

Foto de Enise

Frágil

http://blogdolilases.blogspot.com
Enise
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