pesar

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

" NOSSA ÉPOCA- NOVA ERA- MUDANÇAS!"

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Nossos sentimentos transcendem
A alma que fortalece,
O espírito que não empobrece.
A matéria que o tempo envelhece.

Somos principio e o fim,
De uma nova era.
A alma aconchega e espera.
Em tempo e nova era.

No refúgio da verdade.
O que vale é a maturidade.
Com tempo adquirido.
Por paginas, vividas.

Vivenciarei minuciosamente
O presente sorridente
Por tempos freqüentes.

Irei me redimir, do improviso.
Usando o passivo, nocivo.
Irei buscar a plenitude.
Para que meu ser, nessa era
Não mude não desestimule.

Que a minha alma,
Sabiamente, saiba viver
Nesse mundo globalizado.

Onde os velhos conceitos
Já não são usados.
Até o ser humano
Esta sendo informatizado.
E os bons costumes
Deixados de lado.

*-* A FLOR DE LIS.

http://www.blogger.com/profile/01846124275187897028
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

Foto de Letícia

Finados

Não choro
Tua ausência
Choro minha desesperança por ter te perdido
Choro minha inconstância e meu ser partido
Que jamais voltará a te ter

Choro nossas alegrias
Que se esquecem
No dia-a-dia que me enlouquece

E faço uma prece por mim

Choro nosso desencontro
Choro teu tempo finito
Choro porque acredito
Que te perder foi minha morte

E não quero ser forte

Quero toda a dor de tua ausência
Quero a lembrança constante
Quero em delírio te ver na noite
Quero te sentir por perto

Sei que não é certo
No dia de hoje
Chorar

Mas choro

E faço uma prece por mim

Foto de Graciele Gessner

Quer Aparecer? (Graciele_Gessner)

"Quem muito se manifesta através de outros, acaba por fim, não chamando mais a atenção desejada. Seja original. Seja criativo. Quer aparecer? Faça o seu próprio espetáculo para obter aplausos".

07.10.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Carmen Lúcia

Causa e Efeito

Se grossas lágrimas rolaram em minhas faces
É porque ainda sentia a dor do desalento
Mostro-me como sou, livre de disfarces,
Olhar perdido a esmo, tristonho e nada vendo.

Se já não sei sorrir, prá que fingir?
Se o riso é conseqüência de uma ação coerente
De um estado d'alma, que consequëntemente,
Transmite emoções que vibram, veementes...

Se já não sei amar, que culpa tenho?
Se amar eu conjuguei e vivenciei em qualquer tempo,
Mas o gerúndio...o tiraram de meu peito
E o futuro, como efeito, já não terá mais jeito.

Agora sou robô, criado e programado...
Liga-se um botão e faço o que foi traçado,
Objeto útil, usufruto, ser mal amado,
Causa e efeito, desrespeito do vil descaso.

(Carmen Lúcia)

Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

O HOMEM DO CORACAO DE PEDRA

O HOMEM DO CORACAO DE PEDRA
(Luiz Islo Nantes Teixeira/Carolina Teixeira)

Havia um homem muito rico, de muitas possessoes
Que ele ja tinha perdido o controle do que possuia,
Tinha seu coracao voltado para o dinheiro, e as mansoes
Que se esticavam ate o mar, onde as ondas vinham descansar!

Ele fechava seus olhos para toda a pobreza e suas lamentacoes
Que um de seus mais misericordiosos criados lhe trazia
Se orgulhava de viver entre as nobrezas e suas ostentancoes
Que brilhavam nos dedos dos novos ricos que frequentavam o mesmo lugar!

Homem de coracao de pedra e com as maos sempre fechadas
Que nao abria suas maos e seu coracao nem sequer para dizer bom dia!
As pessoas humildes que cruzavam em frente as suas mansoes douradas

Mas um belo dia quando lhe deu um ataque subito quando so,
Agonizou entre seus ouros e pratas, longe do criado que ja nao o ouvia!
E aquele homem voltou pelado de onde veio, ou seja ao po
© 2008 Islo Nantes Music/Globrazil(ASCAP)

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USA (1) 914-699-0186 - Luiz
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Foto de killas

AS PESSOAS DO MAL

Aqueles que com língua viperina,
Estão sempre a veneno insuflar,
Ainda numa grande terrina,
Cheia de veneno se vão afogar.

Passam toda a vida a dizer mal,
Não sabem o que é que é gostar,
É algo que não pode ser normal,
Um dia ainda se vão matar.

Vivem como os grandes abutres,
De sangue frio prestes a secar,
A vida são os contínuos embustes,
Com que tentam a todos enganar.

Pessoas para quem a felicidade,
É mais um despojo conquistar,
E é tal a sua perversidade,
Que só sabem as vidas sugar.

Acabam por nunca conseguir viver,
De tanto mal estarem a destilar,
Acabam por a vida perder,
Ao sentirem a solidão a chegar.

Ainda vão morrer engasgados,
Até a maldade conseguirem vomitar,
Ainda podem ser perdoados,
Se o bem decidirem praticar.

Se não um atroz sofrimento,
Os irá para sempre acompanhar,
Porque sem o arrependimento,
Todas as desgraças vão chamar.

Quem pela espada quer viver,
Pela espada se vai matar,
Para ele a vida é só sofrer,
Até ao fim o castigo chegar.

Foto de Sonia Delsin

Ó, ROSA NEGRA!... TEMPO DE UMA ROSA

Ó, ROSA NEGRA!... TEMPO DE UMA ROSA

Rosa que escureceu.
Algo aconteceu.
Eu vou contar.
A rosa se abriu numa tarde morna.
Era linda, linda, linda.
À tardinha veio o vento e a desafiou.
Eu a maltrato.
Eu a mato.
A rosa suplicou.
Não me machuque.
Só quero viver.
O tempo de uma rosa.
Acabei de nascer.
O vento inclemente a tombou.
E a rosa chorou.
Enegreceu.
Seu encanto desapareceu.

Foto de Carmen Lúcia

Tudo acabado...

Ao te ver andando na rua
Viajei para a lua;
Não foi de emoção...
Nem mesmo tesão,
saudade ou paixão...

E' que me senti leve,
assim como a brisa...
Como o vento...
Vazia de sentimento.

Foi-se embora o amor...
Não guardo ressentimento...
Sinto pena...

Mas adorei a cena...

[Carmen Lúcia]

Foto de Carmen Lúcia

A acompanhante

(texto inspirado no conto “O enfermeiro”, de Machado de Assis, em homenagem ao centenário de sua morte.)

Lembranças me vêm à mente. Ano de 1968. Meus pais já haviam falecido e me restara apenas uma irmã, Ana.
Foi preciso parar com meus estudos, 3º ano do Magistério, para prestar serviços de babá, a fim de sobrevivência.
Morava em Queluz, cidade pequena, no estado de São Paulo, quando, ao chegar do trabalho, bastante cansada, recebi a carta de uma amiga, Beth, que morava em Caçapava, para ser acompanhante de uma senhora idosa, muito doente. A viúva Cândida. O salário era bom.
Ficaria lá por uns bons tempos, guardaria o dinheiro, só gastando no que fosse extremamente necessário.Depois, voltaria para minha cidade e poderia viver tranqüilamente, com minha irmã.
Não pensei duas vezes. Arrumei a mala, colocando nela o pouco de roupa que possuía e me despedi de Ana.
Peguei o trem de aço na estação e cheguei ao meu destino no prazo de uma hora, mais ou menos.
Lá chegando, fui ter com minha amiga Beth, que morava perto da Praça da Bandeira e estudava numa escola grande, próxima de sua casa. Ela me relatou dados mais detalhados sobre a viúva, que, não fosse pela grande dificuldade financeira que atravessava, eu teria desistido na mesma hora.
Soube que dezenas de pessoas trabalharam para ela, mas não conseguiram ficar nem uma semana, devido aos maus tratos e péssimo gênio da Sra Cândida.
Procurei refletir e atribuir tudo isso a sua saúde debilitada, devido às várias moléstias que a acometiam.
Os médicos previram-lhe pouco tempo de vida. Seu coração batia muito fraco e além disso, tinha esclerose, artrite, bicos-de-papagaio que a impossibilitavam de andar e outras afecções mais leves.
Depois de várias recomendações de paciência, espírito de caridade, solidariedade por parte de minha amiga e seus familiares, chamei um táxi e fui para a fazenda, onde morava a viúva, na estrada de Caçapava Velha.
A casa era de estilo colonial e lembrava o passado, de coronéis e escravos.
Ela me esperava, numa cadeira de rodas, na varanda enorme e mal cuidada, onde vasos de plantas sucumbiam por falta de água.
Percebi a solidão em que vivia, pois apenas uma empregada doméstica, já velha e com aspecto de cansada, a acompanhava.
Apresentei-me:-Alice de Moura, às suas ordens!Gostou de mim.Pareceu-me!
Por alguns dias vivemos um mar de rosas.Contou-me de outras acompanhantes que dormiam, não lhe davam seus remédios e que a roubavam.
Procurei tratá-la com muito carinho e ouvia atentamente suas histórias.
Porém, pouco durou essa amistosa convivência. Na segunda semana de minha estadia lá, passei a pertencer à lista de minhas precursoras.
Maltratava-me, injuriava-me, não me deixava dormir, comparando-me às outras serviçais.Procurei não me exaltar, devido a sua idade e doença.Ficaria ali por mais algum tempo. Sujeitei-me a isso pela necessidade de conseguir algum dinheiro.
Mas, a Sra Cândida, mesmo sendo totalmente dependente, não se compadecia de ninguém.Era má, sádica, comprazia-se com a humilhação e sofrimento alheios.
Já me havia atirado objetos, bengala, talheres, enfeites da casa.Alguns me feriram, mas a dor maior estava em minh’alma.Chorava, às escondidas, para não ver a satisfação esboçada em seu rosto e amargurava o dia em que pusera os pés naquela casa.
Passaram-se quatro meses.Eu estava exausta, tanto fisicamente, quanto emocionalmente.Resolvi que voltaria à Queluz.Só esperaria a próxima rabugisse dela.Foi quando, de sua cadeira de rodas, ela atirou-me fortemente a bengala, sem razão alguma, pelo simples prazer de satisfazer seu sadismo.
Então eu explodi. Revidei, com mais força ainda.Mantive-me estática, por alguns minutos, procurando equilibrar minhas fortes emoções e recuperar a razão.
Foi quando levei o maior susto de minha vida. Deparei-me com a viúva, debruçada sobre suas pernas e uma secreção leitosa escorrendo de sua boca.Estava imóvel.
Já havia visto essa cena, quando meu pai morrera de ataque cardíaco.
Aos poucos, fui chegando mais perto, até que com um esforço sobre-humano, consegui colocá-la sentada na cadeira e com o xale que havia caído ao chão, esconder o hematoma no pescoço, causado pela minha bengalada.
Pronto!Tornara-me uma assassina!Como fui capaz de tal ato?
Bem, fora uma reação repentina, em minha legítima defesa.Ou quem sabe, a morte tenha sido uma coincidência, justamente no momento em que revidei ao golpe da bengala.
Comecei a gritar e a velha empregada apareceu. Ajudou-me a levar o corpo até o quarto.Chamei Dr. Guedinho, médico da Sra Cândida e padre Monteiro, que lhe deu extrema unção.
Pelo que percebi, o médico achou que ela fora vítima de seu coração, um ataque fulminante.E eu tentei acreditar que teria sido mesmo, para aliviar a minha culpa.
Após os funerais, missa de corpo presente na igreja Matriz de São João Batista, recebi os abraços de algumas poucas pessoas que lá estavam, ouvindo os comentários:
-Agora você está livre!Cândida era uma serpente!Nem sei como agüentou tanto tempo!Você foi a única!
E, para disfarçar minha culpa, eu retrucava:
-Era por causa da doença!Que Deus a tenha!Que ela descanse em paz!
Esperei o mesmo trem que me trouxera à Caçapava e embarquei para minha cidade.Aquelas últimas cenas não saíam de minha mente. Perseguiam-me dia e noite.
Os dias foram se passando e o sentimento de culpa aumentando.
-Uma carta para você!gritara minha irmã.-E é de Caçapava!
Senti um calafrio dos pés à cabeça. Peguei a carta e fui lê-la trancada em meu quarto.
Que ironia do destino!Eu era a herdeira universal da fortuna da viúva Cândida!Logo eu, que lhe antecipara a morte.Ou teria sido coincidência?
Pensei em recusar, mas esse fato poderia levantar suspeita.
Voltei para Caçapava e fui ter com o tabelião, que leu para mim o testamento, longo e cansativo.
Realmente, era eu, Alice de Moura, a única herdeira.Após cumprir algumas obrigações do inventário, tomei posse da herança, à qual já havia traçado um destino.
Doaria a instituições de caridade, às igrejas, aos pobres e assim iria me livrando, aos poucos, do fardo que pesava em minha consciência.
Cheguei a doar um pouco do dinheiro, mas, comecei a não me achar tão culpada assim e passei a usá-lo em meu benefício próprio. Enfim, coincidência ou não, a velha iria morrer logo mesmo e quem sabe se era naquele momento.
Ainda tive um último gesto de compaixão à morta:Mandei fazer-lhe uma sepultura de mármore, digna de uma pessoa do bem.
Peço a quem ler essa história, que após a minha morte, que é inevitável para todos, deixem incrustada em meu epitáfio, essa emenda que fiz, no sermão da montanha:
_”Bem aventurados os herdeiros universais, pois eles serão respeitados e consolados!”

(Carmen Lúcia)

Foto de Carmen Lúcia

Eu, o Poder!

Cala-te, poeta!
Teus sonhos altruístas e liberais,
Ameaçam os meus, consumistas e colossais;
Tuas atitudes certas imbuem-se de gritos de alerta
Às minhas, duvidosas e incorretas...
Teus vôos inusitados e abrangentes
Podem estimular muita gente
A quebrar correntes...Liberdade aparente!
Vôos incoerentes a uma inverdade existente.
A luz que irradias, ameaça clarear caminhos,
Que quero manter em vão...na escuridão.
Tua essência põe em risco toda a abordagem da embalagem,
Roubando-me a prepotência, a persistência...
O teu lirismo contagiante carrega multidão adiante,
Mudando seu pensar...
E eu não quero vê-la dissipar.
Tua poesia é como um escudo salvador,
Livrando-te a alma do poder avassalador...
Tua sensibilidade me acovarda, me amedronta
Ao quebrar o gelo da sociedade que me afronta...
Teus anseios pelo fim das desigualdades
Ferem meu egocentrismo, minha vaidade...

Enfim, cala-te, poeta!
Não destruas meus castelos construídos
Pelo suor, sangue e dor
De um povo pacato e sonhador!

(Carmen Lúcia)

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