... Num dia de sol, deparei-me com a minha vizinha debruçada pelo quintal de sua casa, justamente deitada, tomando banho de sol, apenas em trajes de praia. Não me contive, e fiquei espionando-a enquanto pude, pois a minha esposa não estava em casa.
Aquele monumento de mulher repetia o banho de sol todos os dias, chamei meus amigos para compartilhar da visão única em que eu estava privilegiado. Pode acreditar, a muvuca estava feita aqui em casa. Digamos que teve uma movimentação, que poderia facilmente chamar a atenção do mais desatento da rua. Não medimos esforços para apreciar a mais bela vizinha que eu poderia ter, e compartilhar com os amigos é algo quase impossível de acontecer.
Toda manhã, meus amigos ligavam aqui em casa para se certificar que a área estava limpa e se a tal vizinha estava debruçada no quintal. Não demorava muito, a turma chegava em bando e pegavam o melhor ângulo, de preferência bem visível e ao mesmo tempo escondido.
Como homens bem-intencionados, começamos a palpitar o que a minha vizinha nos ofereceria por descuido, nos permitiria ver sem saber que estava sendo observada. Pois bem! A vizinha tudo em cima era de fato um mulherão, tinha um corpão de causar inveja em muitas mulheres, sua pele dourada pelo sol só fazia raiar a sua beleza. Até que uma manhã de quarta-feira, o inusitado acontece. Tivemos a sorte de ter uma amostra atrapalhada de seus lindos seios. Ela havia desfeito os nós das cordas do biquíni que passavam pelo pescoço, para evitar aquela marquinha frontal. Como eu e nem meus amigos esperávamos por isso, quase nos revelamos com a nossa expressão uníssona “uauuu!!!”.
No outro dia, meus amigos vieram diretos aqui em casa, já não ligavam mais, simplesmente vinham sem precisar convidar. Mas aquele dia estava realmente infernal, fazia um sol de lascar com qualquer ideia picante. Não desanimamos, pelo contrário, começamos a palpitar as possibilidades que existiam e que pudessem ocorrer. Deparamo-nos com a vizinha se mostrando vulnerável aos nossos olhos cobiçadores. Só que algo estava estranho, diferente dos outros dias. A vizinha se aproximou do muro, ela não se deitou, estava próxima da janela em que espionávamos. Para o nosso espanto ela disse:
- Oh, vizinho espião! Tenho esta marquinha... Aqui!... Será que tiro?!
Ficamos paralisados, atônitos. Digamos que perdemos a fala e sem saber onde nos esconder. Mas a pergunta que não quer calar, desde quando ela sabia da nossa espionagem? A cena que não sai das nossas mentes é o momento que ela pergunta e abaixa uma parte do biquíni de baixo, foi de ficar boquiabertos. É óbvio que adoraríamos ver, mas a minha vizinha gostosona nos privou de nossa diversão. Nunca mais tomou banho de sol ao lado da minha janela, mudou-se para o outro lado do quintal.
Restou-me uma última esperança, negociar com o meu vizinho sortudo daquele lado para vê-la... É o jeito!
25.01.2010
Escrito por Graciele Gessner.
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