Sempre vasculhando por todos os cantos
e tudo o que encontra é sujeira embaixo do tapete.
O fim dessa busca insana é incerto.
É como se houvesse perdido algo que,
na verdade, nem sequer sabe se existe,
mas de alguma forma sente sempre estar tão perto.
E você espera ansiosamente,
espera como se houvesse marcado encontro.
E você espera desesperadamente...
Quantas vezes será preciso dizer
que não há ninguém esperando por você na calçada?
Quantos tropeços precisará dar
para ver que isso não leva a absolutamente nada?
Quando até sua alma estiver machucada...
você vai descobrir.
Você coloca suas ataduras
como se vestisse uma armadura,
mas nada impedirá seu coração de se partir.
Enfia os dois pés em outra aventura,
se joga de cabeça, não importa altura,
na esperança dessa fantasia existir.
E você espera ingenuamente,
espera como se já estivesse quase lá,
e você espera corajosamente...
Por que continua a fazer assim?
Não vê o que isso tudo fez comigo?
O que eu faço com essa parte de mim?
Será que só quando não houver mais nada para se partir,
você vai descobrir?