amizade

Foto de Ana Botelho

A UM AMIGO

A UM AMIGO

"Furto-lhe a atenção, o tempo e o interesse,
E, invade-me logo todo o pensamento,
Apropriando-se das minhas fraquezas
E nelas, absorve tantas angústias...
Nesse exato e precioso momento
Disfarçamos cada óbvia intenção,
Falamos então, de conceitos e sonhos
E em nossos belos ideais viajamos...
Eu, como sonâmbula noturna da dor,
Vagueio em meio a um leito obscuro
Para só acordar, pelo seu precioso resgate,
Nesse traiçoeiro rio caudaloso da solidão.
Você, com a sua alma lavada e balsamizante
Alavanca-me docemente até segura margem
Desprendendo-me com uma incomum sutileza
Das torrentes confusas em que me achava,
Olho para cada fibra do seu interior
E o vejo tão querido, tão próximo, tão íntimo
E, justamente esse especial e ímpar instante,
Que você me faz sentir em luz e em paz!
Abraçamo-nos e, em pleno aconchego,
Ficamos quietos, patéticos e apascentados
Em energias afins, com certeza etéreas,
Que irão sempre nortear esta nossa vida,
Ou quem sabe grandes futuros cumpliciados...
Só sei que quero você aqui comigo
Não importando a que tempo, ou a que hora
E assim serei feliz, muito feliz, anjo de amor
Tendo você pairando por perto de mim,
Néctar da minha alma, amigo sem fim..."

Ana Botelho, 12/06/2006

Foto de Sonia Delsin

ENCARNADOS E DESENCARNADOS

ENCARNADOS E DESENCARNADOS

Tenho muitos amigos.
Encarnados e desencarnados.
Quando sinto saudade ligo pra um... pra outro.
... ou escrevo.
Com os desencarnados eu falo no silêncio do meu coração e eles me ouvem.
Porque em algum lugar a energia deles se conecta à minha energia.
Da tristeza, da saudade, no reencontro encontro alegria.

Foto de Sirlei Passolongo

As pétalas e nós.

.

Quando vejo as pétalas da rosa
é que entendo o quanto
somos pessoas valiosas
a rosa apenas se torna bela
por ter consigo todas as pétalas
e se cada um delas
for ao chão... não haverá mais rosa.
Assim, somos nós...
sozinhos somos nada.

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Dirceu Marcelino

O HOMEM DE HOJE RELEMBRANDO O MENINO DE ONTEM

O HOMEM DE HOJE

A noite tinha um clarão ofuscante,
No céu a lua brilha com um clarão mais puro,
A bandeira elevar-se-á gloriosa
Aos ventos do norte ou do sul auguro!

Homem! Tu te portarás garboso,
Com o peito inflado, velho galante.
Teu filho olhará para ti orgulhoso.
O colo de tua esposa tremerá arfante.

Os discursos se ouvirão toantes,
Indo aos ares por alto-falantes.
Tu te sentirás então mais maduro,

Pensará então no Pai glorioso,
Dirá no teu íntimo jubiloso:
Obrigado Senhor! Cumpri com jubilo!

Sorocaba-SP, 15 de março de 2008

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UM HOMEM P’RO AMANHÃ

A manhã se clareará esplendorosa,
O céu estará com um azul mais puro,
A bandeira desfraldará gloriosa
Aos ventos do norte ou do sul auguro!

Menino! Tu te portarás garboso,
Com o peito inflado, pequeno infante.
Teu pai olhará para ti orgulhoso.
O colo de tua mãe tremerá arfante.

Os discursos se ouvirão toantes,
Indo aos ares por alto-falantes.
Tu te sentirás então mais maduro,

Pensará então no Pai glorioso,
Dirá no teu íntimo jubiloso:
Deus! Serei homem amanhã. Eu juro!

São Paulo, 11 de dezembro de 1980

Foto de Dirceu Marcelino

NÃO CHORES II - Homenagem a Sempre viva

*
* Homenagem a Sempre-viva"
*

"Sai à rua...grito preso na garganta..
coração apressado.....desesperado...
esperando pelo momento da chegada...
daquele ser que amava tanto...
braços abertos, a suplicar......
me ame outra vez,
me reprima o pranto......" (Sempre-viva)

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NÃO CHORES e NÃO SE DESESPERE

Não se desespere minha amiga,
Não chores e não grite de pranto
Mas se chorares, sim guarida
Darei e a cobrirei com meu manto.

Não um manto de rei, mas de amigo,
Que aprendeu a ter querer tanto,
Tanto como que agora me intrigo
Com o que sofres, mas se, entretanto,

Chorares, como o beija-flor eu farei,
O que ele faz ao aspirar néctar e o mel
Das flores e tuas lágrimas eu sugarei,

És que tu mereces viver no céu
E com minha atitude eu evitarei
Que sintas o amargor do gosto de fel.

Foto de Dirceu Marcelino

COMO TE VEJO? Homenagem a FERNANDA QUEIRÓZ

*
*COMO TE VEJO ?
*

Vejo – te como uma Musa.
Uma mulher deslumbrante.

Com cabelos castanhos bem cuidados,
Cheirosos e mui brilhantes.

Com um olhar profundo, meigo e singelo,
Mas, penetrante.
Olhar que percorre nossa alma e se aprofunda,
Retirando lá do fundo lembranças adormecidas.

Lembranças profundas.

Como a música expressada de uma voz maravilhosa,
Como de uma flauta que encanta.
Do som que se emana e se espraia
Ao longe, nos vales e nos montes
Das Minas Gerais.

Ou no eco da harpa que vibra na alma.
Tilinta lá no profundo inconsciente
E aflora nos olhos, nas lágrimas
No sorriso do velho,
Do homem,
Do jovem e
Do menino.

De ti MULHER.

Foto de CarmenCecilia

VÍDEO POEMA A LEVEZA DOS SONHOS

VÍDEO POEMA

A LEVEZA DOS SONHOS

POESIA
HILDEBRANDO MENEZES

EDIÇÃO E NARRATIVA
CARMEN CECILIA

Foto de CarmenCecilia

VÍDEO FOTOGRAFIA POR DANIEL SATRAPA ANDRADE

TRABALHOS FOTOGRÁFICOS
POR DANIEL SATRAPA ANDRADE

PARATI
ANGRA DOS REIS
ILHA DE PAQUETÁ

Foto de Gideon

A donzela no Arco dos Teles

O Arco dos Teles é mágico. Um corredor de ruas estreitas ladeadas por casas de danças, bares e restaurantes, quase tudo preservado ainda no estilo do tempo do império. Foi ali, que no início do século passado, houve a Revolta da Vacina. Dizem também que Carmem Miranda morou em um destes sobrados. O charme é sentar-se em mesas postas no meio da rua. As pessoas, neste ambiente, despojam-se de seus afazeres do trabalho, e entregam-se ao relax sugerido por este ambiente

Isaque, grande amigo, irmãozão. A saudade sempre aperta o peito quando lembro dele. O conheci em Macaé/RJ. Moisés me apresentou-o. Casou-se com Marina. Linda e delicada menina. Convidaram-me para tocar em seu casamento. Fomos para Belo Horizonte e toquei em um belo sábado pela manhã. Lindo casamento.
Pois bem, Moisés me ligou dizendo que o Isaque estaria hoje aqui no Rio. Saí às 18:45 e corri para encontrá-los no Arco dos Teles, como combinado.

Lugar sedutor. Muita gente e mulheres bonitas. Parece que tem um cheiro carioca no ar. Dá aquela sensação de alegria por estar participando, pisando, andando em lugar carioca tão instigante. Quando cheguei, eles já estavam lá há mais de quarenta minutos.

Sentei-me e logo percebi a dupla ao lado. Uma donzela aparentando uns dezenove anos de idade. Usava uma saia rebaixada, com a barriga à mostra, aliás como é o costume hoje em dia na cidade. Cabelos soltos, rosto lindo e delicado. Segurava um cigarro nos dedos da mão direita. Sentava displicentemente com os pés apoiados nos reforços da cadeira. A saia estava jogada sobre as coxas grossas, que balançava continuamente. Os joelhos abrindo e fechando fazia com que a saia fugisse insistentemente para cima deixando à mostra um par de coxas morenas claras, lisas e torneadas. O corpo estava meio jogado para a frente sobre o copo de cerveja, que estava pela metade. Tragava o cigarro e expulsava a fumaça para o lado com uma ligeira virada de rosto, sem contudo, perder de vista a sua amiga sentada a sua frente. Os jatos de fumaça eram embranquecidos e iluminados pela lâmpada de um poste preservado à séculos.

Eu e os amigos, contagiados com essa sedução displicente, estávamos quase em êxtase. Eu, Mosa e Isaque estávamos assim, relaxados e felizes. Falávamos gesticulando, rindo muito. Para sermos ouvidos um pelo outro fazíamos isto quase aos berros. A donzela continuava ali na mesa ao lado esbanjando sedução e beleza e nos ignorando solenemente. Em dado momento ela levantou-se e, juntamente com a amiga, e foi para dentro de um bar jogar sinuca. Este bar, com as portas em arco, ficava bem á nossa frente. Ficamos, os três, observando-as no desempenho do jogo. Um de nós, logo incentivado pelos demais, resolveu enviar flores para elas. Tivemos este ímpeto ao avistarmos um vendedor de flores, um jovem negro, alto, aparentando ter vinte e cinco anos de idade. Provavelmente um morador das favelas dos morros adjacentes. Um descendente de escravo. Compramos as rosas por três reais e pedimos para o simpático vendedor as entregarem. Ficamos aguardando e observando atentos a reação das donzelas. Nada aconteceu. Elas nem esboçaram um sorriso, pequeno que fosse. Quase ao mesmo tempo avistamos uma menininha também vendendo flores. Compramos outro ramo de flores e a enviamos com um cartão. Nada, elas não deram a mínima. Depois de muito conversarmos e rirmos, fomos embora. Já era nove e meia da noite. Ainda conversamos um pouco mais antes de nos separarmos próximo ao ponto das barcas, na Praça XV. Voltei feliz, mas com saudade de meus amigos. Isaque fora para a casa de Moisés, em Niterói. Saudades, muitas saudades. Momentos mágicos, estes.

Foto de Sirlei Passolongo

Pra você Brilhar!

Um sorriso
uma flor
um anjo de Luz
um cheirinho
de pétalas
no seu travesseiro,
um toque de sol
entrando na fresta
do teu coração

Uma melodia
que te faça cantar
A Paz no teu dia
Muito amor
no teu lar
O sol de novo nasceu
pra você Brilhar!

(Sirlei L. Passolongo)

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