O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, quer fazer uma visita oficial à Venezuela no próximo ano, por ocasião do 50º aniversário do Centro Português de Caracas.
"A comunidade madeirense na Venezuela vive um momento particularmente complexo, dada a necessidade de adaptação às contingências internas daquele país, e, por uma questão de observação, justifica-se uma ida lá", disse ao "Jornal da Madeira" Alberto João Jardim, que está a gozar um período de férias na ilha de Porto Santo.
O governante madeirense confirmou ter recebido um convite para estar presente naquelas comemorações e recordou que a última visita que efectuou àquele país foi em 1997.
Referiu que, desde então, tem delegado a responsabilidade de visitar as comunidades imigrantes madeirenses espalhadas pelo mundo nos secretários regionais e voltou a sua atenção essencialmente para as questões da União Europeia, da qual a Madeira "depende muito mais, sobretudo para tratar de questões que se prendem também pela própria evolução da autonomia da região".
Jardim salientou também que a comunidade madeirense radicada na Venezuela "é economicamente crescente. Obviamente que as lideranças sociais e económicas foram em grande parte substituídas por novas gerações e até muito bem preparadas em universidades" daquele país.
Líder do PS-Madeira anda "a dizer asneiras"
Instado a comentar declarações do líder do PS-Madeira, João Carlos Gouveia, relacionadas com a pretensão de enviar uma petição à Assembleia da República para que investigue a actividade económica da região, Jardim afirmou "não reconhecer legitimidade" ao dirigente socialista madeirense para "andar a dizer asneiras".
"Quem está condenado pela prática de crimes e quem pôs acções que foram arquivadas, creio que não tem qualquer legitimidade para andar a dizer asneiras", disse.
Destacou ainda que "a economia da Madeira está sujeita a todo o quadro legal que envolve a economia nacional", acrescentando que "o Tribunal de Contas actua até com uma percentagem de funcionários per capita superior à do continente e Açores, e isto é para se ver como está particularmente interessado na região".
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