Sinto-me triste, sinto sua falta...
Sinto-me naufragando em um mar de tristezas e incertezas.
Iniciei um mergulho e vejo que as águas estão agitadas... tenho medo de me afogar.
Sua presença é distante, sua distância é dolorida para mim.
Te procuro mas você não tem tempo para mim, tento entender mas dói...
Preocupações, inseguranças, tristezas...
Vários sentimentos forçam a saída de onde estavam guardados.
Inicia-se uma guerra dentro de meu ser.
Os contrastes se agravam, se acentuam com o passar das horas.
Sinto vontade de chorar mas acabo às gargalhadas.
Quero gritar mas minha voz não sai.
Abro os olhos em meio à escuridão, só vejo interrogações.
Não sei por onde começar... não sei se existe um começo...
Em minha mente somente a sua imagem.
Em meus ouvidos, a sua voz ecoa.
Na ponta de meus dedos sinto a maciez de sua pele.
Doce ilusão...
Abro os olhos e somente as interrogações existem, você não está lá... não está aqui...
Uma porta se fecha; outras teimam em não abrir para minha passagem.
As interrogações se aproximam, sinto vontade de fugir, correr sem destino, me esconder em um canto do mundo e esperar tudo passar.
Mas não posso me entregar, seria fatal.
Se fugir seria um caminho sem volta.
Fecho novamente os olhos na esperança de encontrar-te, sentir-te em meus devaneios.
A lua se esconde em minha noite, o céu torna-se escuro, tropeço na estada da vida, sinto a dor do abandono, na solidão da noite te busco em pensamentos.
Me vejo em casa, sozinho em meio a todos... me levanto, saio de meu mundo em busca de uma lembrança visual, chego às suas fotos e fico admirando-a pela noite afora.
Em meio às fotos adormeço para sonhar e, nesse sonho, amar-te por céus e constelações até o despertar de um novo dia.
Sonhos (24/06/97)
Data de publicação:
Terça-feira, 7 Novembro, 2006 - 16:43
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