Era como abraçar a tristeza;
Inimiga minha, conhecida;
Que já em festa, sem gentileza;
Chega. De noite transvestida.
Era como não conseguir sonhar;
Vagar ainda sem compreender;
Conjugar dor pelo verbo amar;
Pois viver; não é viver sem você.
Como acordar de um não dormir,
Querendo só um sol com teu nome,
E ter o dia, eternidade.
Sem conseguir tirar você de mim,
Logo meu sorriso se esconde,
Vem dor, pois logo vem... Saudade.
Marcelo Souza
Fortaleza, Outubro 2007