Se um desconhecido descer a rua
E com ele malas trouxer
Será "ele" um vagalume?
E se
Tocando o pano roto
E dorido
Meio pardo
Meio tonto
Será "ele" um barqueiro
Um violineiro
Ou será ele um poeta?
Será esta terra estranha
... Estrangeira?
Sinto a sede
E o sonho da alvorada
E os meus lábios doces no tormento
Desidratados
Surgem-te caprichosos
No cheiro leve do mangal
Verdes... tão verdes
Será desta terra estranha?
Do amor suguei a tua pele de mulher
E os teus seios de mel
Beijei-os...
Como um refresco
E uma mulher
... Os beijos do teu amor
Eram rosas
Varinas nas minhas tormentas
Refresco do meu coração
Minha doce canção.
Do amor;
Sim... és canção...
Fugi...
Fugi...
E na beira da velha estrada
Peguei no meu violão
E te escrevi esta canção
... Nunca mais te vou esquecer.
Paulo Martins