Prática vazia
(Fernando Vieira)
Sujo muitas vezes me sinto
Por seguir incontrolável instinto
Da carne, do sexo, do gozo
Desejos muitas vezes promíscuos
Eu quero respirar o amor
E fazê-lo invariavelmente
Praticá-lo seja como for
De uma forma no mínimo descente
Sexo prática vazia
Quando ausente esta o seu real valor
Satisfação? Não, mera fantasia
Que irá trazer-me a inevitável dor
Ritualística essa sensual
Algo muito forte há nisso
Esse instinto típico animal
Que nos fazem parecermos bichos
Pele, carne, seios
Pernas, coxas, traseiros
O sexo sem o amor
É uma descida abrupta sem freios
É a anulação do que é racional
A fraqueza propriamente dita
Um ato impuro, ilegal
Melhor pensar nisso então reflita
Sexo, traição, hipocrisia
Desejos impuros, orgia
Um mundo que se compraz em fogo
Entregando-se aos prazeres dessa prática vazia
Pensamentos são nossos defeitos
Mas se trabalhados quando percebido
Será algo que fará efeito
Contornando o mal que haja nisso
Não sejamos como um detento
Prisioneiro desse falso amor
Sejamos sim modelo e exemplo
Assim como fez o nosso senhor
Amor verdadeiramente
É o que desejo para os casais
Discernimento pra toda essa gente
Equilíbrio, força, sanidade e paz