E de repente
Bateu um medo danado
De ficar outra vez sem você.
Me perco num amaranhado
De contradições e incertezas
E mesmo abrindo o l
Leque das explicações
As idéias são sem nitidez...
Mais uma vez aportei no amor
Que sempre quis eterno
E tenho medo de ficar sem esse porto
E voltar a ser um barco à deriva
A procura do ausente.
Mergulho minhas certezas
Numa escuridão onde nada vislumbro
E descubro que a firmeza que pensei
Possuir é tão instável quanto uma idéia...
Sinto-me um prenúncio
De poema pela metade
Que faltam palavras para concluir...
E na métrica disrorcida da poesia
As palavras se misturas as rimas
Que muito dizem, mas nada explicam...
E por mais que a razão me mostre
O caminho que devo seguir
Eu tropeço na surdez dos meus sentimentos
E escorrego no medo de ficar sem você...
E o poma se perde...