Hoje não te vejo mais!
Não tenho que sentir o odor delicioso que emana de ti.
Não tenho que sofrer a separação,
Mesmo sabendo que estás por detrás de um vidro fosco.
Não tenho que olhar para os teus olhos da cor do mar
E rever-me neles.
Hoje não te vejo mais!
Não tenho, por hoje,
De sofrer uma distância sem ser distante.
Não tenho que ignorar os sinais do meu corpo
Clamando por ti, sempre que passas por mim,
Não tenho que esconder o meu olhar,
Rezando para que o teu não encontre o meu,
E consigas ver minha alma.
Por hoje, não tenho que sofrer mais!
Apenas por hoje, não te vejo mais!
Retenho-me aqui na minha clausura
Sabendo onde estás, mas não te procuro,
Tenho medo de me denunciar.
Não tenho que falar contigo,
Esperando que não percebas
O nervosismo da minha voz,
Ou a tremura das palavras.
Não tenho que esquecer-me que estás do meu lado,
Só para poder concentrar-me.
Não terás de ver as minhas pernas tremerem,
Assim como todo o meu corpo, sempre que passas por mim.
Por hoje, não sofro mais!
Por hoje, não te vejo mais!
Poema Invertido
Data de publicação:
Terça-feira, 20 Maio, 2008 - 16:04
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