Hei!
Olhe o menino que passa
Olhe...
Nem que seja através da vidraça
Nas mãos um pacote de bala
Nos pés um chinelo gasto
Na boca...uma voz que cala
Segue todos os dias o mesmo rastro
Caminha na multidão
Procura um semáforo movimentado
Espera vender suas balas
Ganhar um mísero trocado
Ninguém o vê
Ninguém percebe
Ele nunca é notado
E ele segue...
Segue seu destino ingrato
Sem culpas
Segue sem trato
É mais um entre tantas crianças
Sem comida em seu prato
Essa é a nossa criança esperança!
Ninguém o vê
Ninguém percebe
Parece rotina de fato
Segue no sol, segue na chuva.
No verão ou no inverno
É esse o menino que passa
Olhar triste, sorriso terno.
E nós ficamos aqui
Escondidos atrás da vidraça
(Sirlei L. Passolongo)
Comentários
Para Sirlei
Cara Sirlei,
São cada vez mais as "sombras das estradas", infelizmente.
São cada vez mais as almas que vagueiam em procura de um futuro que parece não chegar.
Para as vermos só temos de abrir os olhos, para as ajudarmos só temos de abrir o coração.
Parabéns pelo seu poema.
Porque mais lindo que o amor, é só mesmo escrever sobre o amor:
Cheila Pacheco
Cheila/anjinha
Obrigada querida por seu comente..e temos que ser o sol na estrada através de nossas palavras e ações.
beijus
Sirlei L. Passolongo
Sirlei Passolongo
Oi poeta... Mesmo tratando-se de um tema tão triste ficou bonito em suas palavras... Infelizmente existem muitos no semáforo e muito mais atrás da vidraça que nada fazem para mudar o espetáculo! Beijinhos nesta alma inspiradora
ângela lugo
Angela! querida!
cabe a nós gritar e fazer de nossas palavras ações e quem sabe tocar a alma de nossos governantes!
e acreditar que um dia..o espetácuoo será de amor e igualdade!
Obrigada poetisa
bjussssssss
Sirlei L. Passolongo
verdade dita!
adorei suas palavras que vem para dar um "tapa em nossas caras hipócritas".o mundo não é feita só de coisas belas,e a realidade tem que ser retratada.(as eleições estão aí...)parabéns poeta!
Chuva Heavy
Chuva
Que bom que podemos gritar, e quem sabe criarmos coragem e sair de trás da vidaraça.
obrigada
beijus
Sirlei L. Passolongo