Vejo seu semblante em outros corpos
Vejo um estranho no espelho
Vejo que não posso o que posso
Vejo um naufrágio no chuveiro
Vejo o que não posso ver
Não faço o que posso fazer
Os amigos já não são tão amigos
Os amigos já não são tão ouvidos
O relógio já não quer mais trabalhar
O caderno já não quer mais estudar
A mente já não está tão presente
Fico a tatear o ar
Fruto do inconsciente
Fruto do futurar
Um futuro recente
Um reflexo de olhar
Um passado ausente
Um presente para desfrutar.
Miragens de um amor solitário
Data de publicação:
Quarta-feira, 14 Junho, 2006 - 01:09
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