Seu torpe insano me contamina,
na medida exata que pode fabular meus sonhos,
vencendo a muralha do meu quarto
da minha roupa
De noite, o escuro ensina a lapidar minhas palavras,
agora nuas,
e vejo vidente meu medo.
Sou Daphne, correndo pela floresta,
virando árvore.
E mesmo assim não nego a minha natureza de animal
vertedor
que ritualiza sua própria carne...
...Branca
desejando suas garras viajantes, trêmulas, tensas e nervosas
E faço a minha língua perfurar sua boca,
infectando todo o seu corpo de êxtase
Ah!. Estou bêbada em palavras
Devo subir nos degraus da praça,
para ser devorada pelo brio Santo
onde, talvez este, possa apagar meu desejo herege
Contudo, ainda sinto em minha boca
seu sangue melífluo.
Mesmo que fuja,
sou serpente maldita, que hipnotiza quando dança.