Quando criança achava o máximo uma maquina de escrever
Quando a vi pela primeira vez
Fiquei maravilhado
Ia-se apertando as teclas na maquina
E as palavras apareciam no papel
Naquele tempo não tinha essas outra maquina (computador)
Então maquina de escrever era luxo
Minha professora tinha uma
E um dia eu a vi escrevendo
Eu disse um dia eu vou ter uma
Criança quer tudo
Mas eu queria uma maquina
Passaram-se os anos e eu queria maquina igual
Veio o computador e tomaram conta
Daí um dia em um trabalho que eu havia arrumado
Lá estava ela
Uma máquina de escrever
Fiz um brigue
Pobre não compra, faz brigue.
Levei pra casa e tal maquina
Feliz era eu ia escrevendo pelo caminho
Um peso
Morava longe
Cheguei lá cansado
Mas nem cabia em mim de felicidade
Coloquei no meu quarto
Feliz era eu
Pena que eu morava com minha tia
Que tinha um filho pequeno
E meu quarto não tinha porta
Quando eu voltei do trabalho no segundo dia
Não tinha mais teclas a maquina
Eu arrumei
No outro dia não tinha mais fita
Eu arrumei
No outro dia nem fita nem tecla
Não deu mais pra arrumar
Tanto quis uma maquina
E quando a tive durou apenas dois dias
Às vezes queremos tanto uma coisa
Mas quando a temos ou a conquistamos
Esquecemos o valor que ela realmente tem
Máquina de escrever
Data de publicação:
Terça-feira, 24 Agosto, 2010 - 19:13
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