Ao despertar-me da pulpa, senti a brisa bater forte sobre minhas asas que ainda húmidas pelo sereno da noite, faziam com que eu ainda não alçasse vôo.
Com minhas minúsculas antenas sensoriais, eu já sentia o cheiro da mata verde ainda molhada pelo sereno da noite ... e aos poucos, eu conseguia meus pequenos passos para aquela vida perigosa.
Flores ...quantas flores, meu alimento por pouco tempo, seu pólen que com meu revoar fariam germinar tantas e belas árvores e mais flores, para assim recriar o nosso mundo novamente.
Terei pouco tempo de vida ...
E tentarei aproveitar o máximo ...
Para tornar os seus olhos ...
A beleza de ser uma borboleta.
Eduardo Barros