HORA FINAL
Paulo Gondim
27/04/2007
O ciclo se fecha
No fechar dos olhos
No cruzar das mãos
No apagar das velas
No choro sofrido, doído
Num canto escondido
Não há vaidade
É o fim da rota
O fim da viagem
É o acerto de contas
A hora fatal
Que tem pressa
Que não espera
Que não tem igual
Tudo, ali, é real
E o choro incontido
Não arrependido
Inda busca um disfarce
Mas não há mais jeito
Tá tudo desfeito
Na hora final
Todo mundo é igual
Sem virtude ou defeito
E tudo o que se fez
Acaba ali, sem desfaçatez
Na solidão fria, do último leito
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Publicado no Recanto das Letras em 27/04/2007
Código do texto: T466575
Comentários
DIRCEU / PAULO GONDIM
Ao começar a ler seu belo poema deu-me a primeira impressão de que falavas do término deste concurso,
mas antes de terminá-lo é lógico, já percebera que ele é muito mais profundo, como são todas suas composições.
Parabéns.
Olá, Dirceu!
Desculpe o atraso. Fiz este texto após o funeral de minha irmã (na verdade, uma prima que foi criada conosco). Acho que. depois de minha mãe, era a pessoa que mais gostava de mim! Grande alma e que Deus a tenha!
Paulo Gondim
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