tudo que cerca-me
trazendo inexplicáveis acontecimentos
apressado sigo a inércia
mesmo vendo tanta miséria
cotidiano que leva
furtos morte inveja
acendo mais uma vela
clareando um pouco
mais mostrando
queremos paz
enfiados na lama
onde nós estamos
clamo quem escuta
montanhas escaladas
neblina vista escura
busca eterna procura
sua alma nua e crua
pousando na minha
alegria ha tempos perdida
não quero sentir
dentro de ti
viagem profunda
folhas secas
caem em meu jardim
sobre a mesa
um prato de pudim
anjo querubim
coração flexado
incensando sai
emanando jasmim
futuro que me espera
outono inverno
verão e primavera
apenas escuto
canto dos pássaros
instrumento por um louco tocado
chamo teu nome
ecoando ao leu
universo infinito alem do céu...
(André dos Santos Pestana)