A chuva bate na vidraça e, levemente,
sinto a apatia envolver-me docemente.
Deixo a minha alma entoar o cântico
da solidão, que congela todo o meu ser
e transforma a minha vida num mar turvo.
Escondo-me desde o amanhecer,
sou tão pequena, tímida e enjeitada,
que até parece que nasci amaldiçoada
pelos golpes desenhados na minha pele
nesta luta diária sem rumo nem liberdade.
Continuo ensaiar a tristeza com um sorriso,
banhando-me no rio do esquecimento
enquanto caminho e corro atrás do tempo.
Chuva na vidraça
Data de publicação:
Domingo, 5 Novembro, 2006 - 12:36
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Comentários
Oi Isa
Grandes caminhos a percorrer, o tempo.
Fernanda Queiroz
Grande abraço.
Fernanda Queiroz