Cheguei a conclusão que a amizade
Anda muito próxima da paixão
Foram muitos anos pra sentir
Como demorei a descobrir
Seu tom de voz mudou
Sua respiração alterou
Seu coração palpitou
Acho que o amor aflorou
Você é muito maluca
Às vezes me funde a cuca
Começou naqueles toques corporais
Eu ainda quero mais
Com a câmera dos meus olhos
Filmei para minha memória
Aquela linda calcinha azul
Com a ajuda da minissaia também azul
Existe muita cumplicidade
O problema é a falta de gravidade
Estou na sua órbita faz tempo
Preparado para o acoplamento
Poxa! Que coxas!
Nossa amizade não é a mesma
Senti no seu olhar
Evitando nos cruzar
Os deuses resolveram contribuir
Estou esperando a porta se abrir
Vamos viver em segredo
Jogaremos sem medo
Abra suas janelas
Para não ficar sequelas
Preta, pretinha
Será que vais ser minha?
Oh! Minha querida
Estamos num beco sem saída
Virarei um rio caudaloso
Para desaguar na sua vida
Comentários
Ao Zedio Alvarez
Muito bom...
Fiquei aqui lembrando o quanto é embaraçoso essa passagem da amizade para o romance... Um dia olhamos para aquela pessoa que tanto sabe da gente e a gente tanto dela e, não sei como acontece, vemos nela uma pessoa muito diferente... Muda tudo, a pele, os cabelos, os gestos ficam mais... sei lá... essas coisas acontecem e o que sentimos fica em nós, nos acopanha e, às vezes nos advem lá dos poroes da mente, do baú das lembranças... a vida passa, a gente passa, pois tudo passa, mas isso permanece e é para sempre...
Um abraço Zédio Alvarez
até mais...
Sebastião
Meus versos são assim, simples mas muito reais.
Obrigado pelos comentários.
Um abraço