Amei-te com a força intempestiva do vento norte,
Com o fogo ardente que brota dos misteriosos vulcões,
amei-te com o estrondo iluminado de mil trovões,
Como lotaria onde se materializa o azar e a sorte.
Amei-te com a leveza cristalina do mais puro cristal,
Com o perfume das rosas que abrem os seus botões,
Amei-te com a doentia esperança que é fatal,
Com a coragem destemida dos mais ferozes leões.
Amei-te cada dia que passou desde que te conheci,
Amei-te cada hora que por ti esperei e te desejei,
Amei-te cada minuto desde que ansiei por ti,
Amei-te cada segundo que contigo eu passei.
Amei-te… mas afinal foi tudo tempo perdido…
Partiste com as mãos vazias com que chegaste,
Deixaste apenas o meu coração no chão caído
E a certeza de que afinal tu nunca me amaste…