Pra longe de mim,
A culpa da inveja alheia,
A desculpa, que isso é coisa feia,
Não há culpa,
Em viver,
Em enternecer,
A cada sorriso, não reflito,
Se vou mentir,
Digo, maldigo,
A verdade,
Meu velho amigo,
Caio e me levanto,
Amo em todos os verãos,
Não escondo as dores do coração,
Sou a luz que cansa os olhos,
A inflexão da voz,
As mãos crispadas,
A boca molhada,
Um pouco ousada,
Nada cansada de apostar,
De perder e ganhar,
Meu abrigo é o berço do mundo,
Meu amigo é um ser imune,
Um anjo, que me acolhe,
De ditos,
Invejas, conselhos,
Meu velho e bom travesseiro,
Deito-me com a alma leve,
O peito entregue,
Ao anjo do amor,
Não me perco na dor,
Nem escuto mais o canto da sereia,
Sei o que tem na teia,
Assim, vou passando,
Como uma chuva,
Ou um furacão,
Levando em mim,
O que é bom e ruim,
Limpando-me,
Purificando,
Nada de amizades,
Que fingem tanta bondade,
Sei e conheço,
Do inicio ao começo,
Assim,
Anjos, estendem suas assas,
Caem nos braços,
Em beijos e trejeitos,
A experimentar a forma certa de amar.
Ai, amizade
Data de publicação:
Terça-feira, 30 Maio, 2006 - 02:07
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