Viro a cara ao céu e a coroa á cara do chão
E eis que de repente estridentemente me salta da mão
E corta o ar, sem parar de girar corta o ar
E corta o ar sem parar de girar
E girando, bailando, radiante, diante do meu olhar
Como se adorando, mostrando que se quer mostrar
Cai áspera e seca na minha mão
Mas tanto salta e ressalta que me escapa e se escapa pro chão
E então me ajoelho e me encho de esperança
E eis que ela canta e comigo engraça
Esperando o desfecho ela quase me abraça
Mas maior que o desejo é a minha desgraça
E deixo-a perdida naquele turbilhão
ao qual uns chamam sorte e outros razão
e deixo-a perdida naquele turbilhão
com mais uma estaca no meu coração