ÁGUAS ORIENTAIS
Você, que é fonte da volúpia,
Persiste sobre o meu mais profundo ser.
E, das suas águas, quero que saiba,
Eu quero beber.
Nada adianta esconder os sentimentos.
Suas águas sequiosas não resistirão.
E, nas cataratas dos nossos pensamentos,
Nada de solidão.
Eu quero deslizar sobre seu corpo.
Descer a cachoeira do prazer.
Sentir o padecer das turvas taras.
E, ao mesmo tempo, seu corpo esvaecer.
Eu quero sentir as suas águas
Inebriadas a seguir pelo meu leito
Numa incessante queda de desejos
Em nossos momentos íntimos de pleito.