Na conversa de hoje a tarde, só colhi indecisão.
Você não sabe o que quer, tampouco tem solução.
Pra deixar tudo no mesmo, é melhor nem começar.
Não se inicia pensando no fim, nem com hora pra acabar.
Quando digo meus motivos, vejo você me duvidar,
Não sei mais provar o óbvio, você tem que acreditar.
Não sou morsa nem bigorna, instrumentos de pressão,
Quero do transito o sinal amarelo: vais a abrir o coração.
A bagagem que comigo trago, te assusta, faz recuar.
Mas como saber se aguenta, sem antes tentar carregar?
A juventude é uma desculpa, que te faz poder errar.
Não sou o jovem que pareço, quero te fazer acertar.
Um barco de encanto no mar, navega ao horizonte,
Mas um simples furo no lastro, faz com que se desmonte.
Não tenho que terminar um livro, pra um a mais poder ler.
Se a historia no meio me cansa, outro livro posso escolher.
A história já está longa, muitas conversas sem exatidão.
Tudo que precisas agora, é de um pouco de razão.
A escolha não é tão dificil, já tens a admiração,
Com um estalar de dedos, perde ou ganha o coração.
O barco acima com furo no lastro, ainda pode navegar.
Mas se queres que chegue à terra, você tem que montar.