Aqueles olhos que antes falavam
Hoje, se recolhem a simples... olhares
Não, não provarei desse mal,
Dessa dor que surge dos meus olhos,
Escorre pelo meu rosto,
E beija o canto da minha boca.
Queria eu não permitir que a injúria persistisse
Mais do que a boa vontade que me atinge
E me dar uma dose a mais desse lícor de lágrimas
Para sentir uma vez aquele afago que acalma...
Ah, se essa dor que me anestesia
Por um único momento me deixasse
E me permitisse ver o que me ocultaste
Sei que não seria mais o mesmo esse coração
E se sentisse depois a tua pele quente
Meio assim, que, de repente
Certamente morreriamos de paixão.