O amor... o que dizer?
Pego folhas na ventania.
No máximo, o amor de um só dia
e mesmo assim não vai caber.
Na minha mão, em minha boca.
Procuro um ponto de início
e nada encontro, é extenso,
de lado a lado horizonte, suspenso,
ou o mais profundo precipício.
Estendido além do que vejo.
Se completando em variáveis,
a cada rua, nova esquina,
rotas além do que imagina,
outra direção, tudo outra vez.
Transborda, cala-me o corpo.
Por isso, se fala em magia,
se fala de rimas e flores...
Por ser inominável os amores
e por ser inexata a poesia.