Revoadas
Lindos lençóis de seda
Que cobrem tua alma ausente
E o teu corpo inocente
Transformou-se em labaredas
Neste mundo que ti emparedas
Com o sol em teu nascente
Algemavam-te com correntes
Em tão florida alameda
Então foges, foges deste inferno
Deixas em mim amor eterno
E uma eterna madrugada
Como as aves em revoada
Em tão triste despedida
Eu ouvi teu adeus e mais nada
Alexandre Montalvan