O planeta chora
Lágrimas de aço
Que caem sobre os rios
Formando um ciclo plúmbeo, sarcástico,
De dor e de ácido,
Subindo para as nuvens de plástico,
Poluição, fumaça, desgraça...
Num vaivém que nunca passa.
A terra seca se racha,
O que beber nunca acha...
Cicio de cigarras...
Tempo quente, o sol abrasa...
Novas enchentes vêm de repente,
Corpos emergem, cidades imergem,
As camadas de ozônio sequer protegem.
O mar se revolta, sem volta...
E ondas cinzentas, pusilânimes,
Transformam-se em tsunamis...
El Niño (Jesus Menino) roga por preservação,
Mas a ambição, a autodestruição,
Mantém o seu ritmo, num sádico delírio,
Desequilíbrio letal, desequilíbrio mental...
E o planeta chora o triste abandono;
É a lei do retorno...
Almas enlatadas antecipam o final.
_Carmen Lúcia_
Comentários
P/ Carmen Lúcia
Será que estou ficando mal acostumado?
Não, não estou foi sua forma de dedilhar as
Palavras que mim conquistou, fazendo de cada
Palavra mais um texto de amor, chamado de POESIA.
Parabéns belo poema..............................................
The Tlack o Preto
para walterthej/Carmen Lúcia
Muito obrigada! Fico muito envaidecida e honrada com as suas palavras!
Abraços!
Carmen Lúcia